Grupo terrorista islâmico ordena a cristãos que deixem o nordeste do Quênia

Muitos estão fugindo após ataques que mataram três professores

Al-Shabaab. (Foto: Mohamed Sheikh Nor / AP)
O grupo al-Shabaab, da Somália, ligado à Al-Qaeda, ordenou que os cristãos deixassem três condados no nordeste do Quênia. O objetivo é que os muçulmanos locais consigam as vagas de emprego hoje ocupadas pelos cristãos.

“Professores, médicos, engenheiros e jovens graduados da província nordestina estão desempregados. Não é melhor dar uma chance a eles? Não há necessidade da presença de descrentes”, disse o o porta-voz da al-Shabaab, Sheikh Ali Dhere, em um áudio compartilhado, segundo informações do International Christian Concern.

Os muçulmanos estão fugindo da Somália por conta da guerra civil local, como as cidades quenianas estão próximas da fronteira, porém não conseguem trabalho.

Em janeiro três professores foram mortos na cidade de Garissa, muitos outros foram transferidos para escolas fora do nordeste depois desses crimes. Em fevereiro um ataque em um ônibus levou outros professores a pedirem transferência.

O Rev. Cosmas Mwinzi, da Assembleia de Deus em Garissa denuncia os terroristas e diz que eles sempre atacam os cristãos.

“Esta região é instável há anos devido à guerra na Somália e ao ódio contra os não-locais, que são principalmente cristãos. Os níveis de educação e infra-estrutura nos três municípios são baixos e é somente através da experiência e do trabalho árduo dos não-locais que o padrão de vida do povo somali no Quênia pode melhorar. Temos pessoas não-locais em todos os setores, da saúde à educação”, disse.

O Quênia é o 44º pior país do mundo em perseguição cristã, segundo a Lista de Perseguição Religiosa do Portas Abertas.

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