Seyi Omooba está retomando nesta quinta-feira, 19, o processo judicial contra o teatro que a demitiu, após ela fazer uso da liberdade de expressão.
Seyi Omooba é atriz e perdeu seu contrato em um teatro da Inglaterra após expressar expor a visão bíblica sobre a homossexualidade. (Foto: Christian Concern) |
Uma atriz cristã está retomando nesta quinta-feira (19) um processo contra sua demissão por causa de um post no Facebook, no qual ela compartilhava a perspectiva bíblica sobre relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Seyi Omooba perdeu o papel principal em uma peça que estava em cartaz no Teatro Curve, em Leicester (Inglaterra) e na coprodução de 2019 do premiado musical ‘The Color Purple’, em Birmingham Hippodrome. O post no Facebook foi feito em 2014 e na publicação ela disse não acreditar que as pessoas pudessem "nascer gays".
“Não acredito que a prática homossexual seja certa”, escreveu ela.
O Teatro Curve de Leicester a dispensou do cargo, alegando que o post era "profundamente ofensivo para a comunidade LGBTQ".
Então, Omooba deu início a um processo judicial contra o teatro e seus agentes por sua demissão e garantiu o apoio de Lloyd Evans, crítico de teatro da revista
‘Spectator’, que afirmou em depoimento como testemunha.
"Não é importante para um ator concordar com os pontos de vista éticos ou os sentimentos de um personagem de uma peça. Se isso fosse necessário, a arte do drama não existiria, e muitas peças que consideramos clássicas seriam impossíveis de encenar", afirmou ele.
Mas o depoimento dele e do teólogo Dr. Martin Parsons, chamando o post no Facebook de "expressão justa e razoável das crenças cristãs", foram considerados inadmissíveis como evidência em audiências anteriores.
Omooba está contestando essa decisão no ‘Tribunal de Apelações Trabalhistas’ nesta quinta-feira.
Ela disse: "O teatro me deu a escolha: me retratar de uma declaração sobre minha fé ou perder meu emprego. Eu não poderia fazer isso, nem mesmo para salvar a carreira que amo. A agência tomou a decisão de rescindir meu contrato com base em informação falsa”.
"Enquanto continuo a buscar justiça, apelo aos tribunais para permitir que esta prova pericial seja ouvida", acrescentou
Andrea Williams, executiva-chefe do escritório de advocacia ‘Christian Legal Center’, que apóia Omooba, disse: "Esta história envia uma mensagem arrepiante aos cristãos, não apenas que trabalham no teatro, mas em toda a nossa sociedade: que se você expressa e mantém os pontos de vista bíblicos convencionais, será punido e perderá sua carreira se não renunciar imediatamente às suas crenças”.
"Estamos profundamente preocupados que as provas para um caso tão importante, que atraiu atenção e preocupação global, estejam sendo bloqueadas pelos tribunais", afirmou.