A pequena Lydia Booth pode ser suspensa da escola primária no condado de Simpson (Mississippi) se continuar usando sua máscara com a frase de fé.
Uma família do Mississippi (EUA) está acusando discriminação religiosa a escola primária onde sua filha cursa a terceira série, depois que as autoridades da instituição de ensino forçaram a garota a remover sua máscara com a frase “Jesus Loves Me” ("Jesus me ama").
Matthew e Jennifer Booth entraram com uma ação federal na última segunda-feira (2) contra o distrito escolar do condado de Simpson no Mississippi porque sua filha, Lydia, foi obrigada a remover a máscara em 13 de outubro e substituí-la por uma fornecida por sua escola, Simpson Central. Todos os alunos devem usar máscaras para ajudar a retardar a disseminação do Covid-19.
Lydia pode ser suspensa se continuar usando sua máscara com a frase de fé. O escritório de advocacia da organização ‘Alliance Defending Freedom’ está representando a família no caso.
O processo diz que a escola permite que "os alunos transmitam uma infinidade de mensagens sobre tópicos ilimitados em suas máscaras", como "Black Lives Matter" e o logotipo do New Orleans Saints, mas forçou Booth a remover sua máscara com "Jesus Me Ama".
A escola tem uma política que proíbe mensagens em máscaras que sejam “políticas, religiosas, sexuais ou inadequadas” e possam ser “ofensivas, perturbadoras ou consideradas distrativas”, diz o processo.
“A censura dos réus da mensagem religiosa [de Booth] e a Política de Discurso Religioso e a prática em que essa censura foi baseada violam a Primeira Emenda e a Décima Quarta Emendas à Constituição dos Estados Unidos”, diz o processo.
A pequena Lydia Booth é cristã “e deseja compartilhar suas opiniões religiosas com seus colegas de classe”, diz o processo.
A política da escola viola a liberdade de expressão e religião protegida constitucionalmente por Booth, diz o processo.
“As escolas públicas têm o dever de respeitar a liberdade de expressão dos alunos que a Primeira Emenda lhes garante”, disse o consultor jurídico da ADF, Michael Ross.
“Enquanto os administradores escolares enfrentam desafios para ajudar os alunos a navegar pela vida escolar durante uma pandemia, esses funcionários simplesmente não podem suspender a Primeira Emenda ou escolher arbitrariamente as mensagens que os alunos podem ou não expressar. Outros alunos dentro do distrito escolar usaram máscaras livremente com os logotipos de equipes esportivas locais ou mesmo as palavras ‘Black Lives Matter’. Esta estudante merece igual oportunidade de expressar pacificamente suas crenças”, acrescentou o jurista.