A adolescente paquistanesa Maira Shahbaz foi sequestrada e forçada a se casar com um homem muçulmano. Após conseguir fugir, está pedindo ajuda internacional.
Uma menina cristã paquistanesa que fugiu da casa de um homem muçulmano com quem havia sido forçada a se casar, está implorando ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson para ajudá-la.
Maira Shahbaz, 14 anos, e sua família foram forçadas a se esconder por causa das ameaças de extremistas islâmicos a suas vidas.
Em 2019, Maira foi sequestrada sob a mira de uma arma e forçada a se casar com um homem muçulmano, quando sua família disse que ela tinha apenas 13 anos. Posteriormente, a menina conseguiu fugir de seus sequestradores.
A família dela está contestando o casamento na Justiça do Paquistão e o caso está em andamento.
Em um comunicado no fim de semana, ela apelou ao primeiro-ministro britânico para ajudá-la.
"Estou muito assustada, devido às ameaças à minha vida e à minha família. Por favor, proteja-me", disse ela em uma 'carta', de acordo com o jornal britânico ‘Daily Mail’.
Mais de 9.000 pessoas assinaram uma petição online, lançada pela organização internacional Ajuda à Igreja Necessitada (‘Aid to The Church in Need’ - ACN), exigindo que o primeiro-ministro conceda asilo a Maira e sua família.
O pedido ocorre na semana em que a organização cristã promove o evento da ‘Quarta Vermelha da ACN’, realizado todos os anos para aumentar a conscientização sobre a situação dos cristãos perseguidos em todo o mundo.
O documento oficial ‘Liberte Seus Cativos - Um Relatório sobre Cristãos detidos injustamente por sua Fé’, será lançado no Parlamento, na ‘Quarta-feira Vermelha’.
A ACN disse que independentemente do que o tribunal decidir sobre o caso de Maira, a sua "vida estará para sempre em perigo".
"Há a ameaça de morte por honra. Os extremistas no Paquistão a consideram uma apóstata e vão matá-la na primeira chance. Seu advogado disse que homens estão procurando por ela, batendo de porta em porta nas casas e perguntando por seu paradeiro", disse.
O diretor da ACN, Neville Kyrke-Smith, disse: "É urgente que o primeiro-ministro aja para salvar a vida de Maira e sua família. Eles estão em grave perigo".