Uma vila predominantemente cristã na Nigéria foi atacada na véspera de Natal, deixando várias pessoas mortas.
Pelo menos 11 pessoas foram mortas no ataque à aldeia Pemi, no estado de Borno, segundo a agência de notícias AFP.
Uma igreja também foi incendiada e o padre sequestrado, informa a agência de notícias.
O ataque foi atribuído ao Boko Haram, um grupo militante que aterroriza comunidades cristãs em todo o nordeste da Nigéria há anos.
Um líder local disse à AFP que homens armados entraram na aldeia em caminhões e motos, e começaram a atirar indiscriminadamente.
"Os terroristas mataram sete pessoas, queimaram 10 casas e saquearam suprimentos de alimentos que deveriam ser distribuídos aos moradores para celebrar o Natal", disse o líder da milícia Abwaku Kabu.
Falando com Christian Today dias antes do ataque, a analista do Open Doors, Illia Djadi, disse que os cristãos em toda a Nigéria estavam com medo dos ataques de Natal.
"Os cristãos até esperam ser atacados perto do Natal porque também se trata de comunicação", explicou.
"Esses terroristas são bem organizados e a comunicação é importante para eles. Eles raptaram os estudantes do estado de Katsina, o estado natal do Presidente Buhari enquanto ele estava lá visitando.
"Eles fizeram isso para enviar uma mensagem forte a todos os nigerianos de que eles podem até atacar onde o próprio presidente está.
"Então o momento não é uma coincidência; eles escolhem o momento para atrair mais atenção.
O ataque a Pemi é perto de onde o Boko Haram sequestrou 276 alunas de Chibok em 2014. Mais de cem garotas ainda estão em cativeiro.
Djadi disse que o objetivo do Boko Haram era criar um califado e estabelecer a lei sharia no nordeste.
"Os cristãos são o alvo principal porque não são muçulmanos. Os radicais querem transformá-los em muçulmanos à força e, se recusarem, os matarão ou os transformarão em escravos sexuais", disse ele.
"Eles também atacam muçulmanos moderados que não compartilham essa interpretação radical do Islã", acrescentou.