Regiane Ramos acusa deputada de manter objetos para a realização de rituais dentro de um dos quartos da casa da família.
Flordelis na igreja (Foto: Reprodução/Instagram) |
A deputada Flordelis está sendo acusada por uma das testemunhas ouvidas na última sexta-feira (28) durante o processo no qual ela é ré pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, de que a parlamentar tinha objetivos usados em rituais de magia negra guardados em casa e que ela não seria uma cristã verdadeira, mas era evangélica “porque dá dinheiro”.
De acordo com a empresária Regiane Ramos, a deputada teria determinado um de seus filhos, Carlos Ubiraci, que retirasse uma mala com objetos após o assassinato do pastor Anderson do Carmo. Carlos está preso acusado de envolvimento no crime.
Regiane teria dito ainda que os rituais de magia negra aconteciam no mesmo quarto onde eram feitas orações, na residência da família em Pendotiba, Niterói, e nem todos os integrantes da casa tinham autorização para entrar no cômodo.
“Só algumas pessoas podiam entrar nesses rituais. São (rituais) para acabar casamento, fazer as pessoas ficarem cada vez mais grudadas a ela. Eles não são evangélicos”, afirmou a testemunha, acusando Flordelis de ter escolhido ser evangélica porque “era a que dava dinheiro”.
Segundo informou o Último Segundo, a informação foi confirmada por um dos filhos afetivos da deputada, Wagner de Andrade Pimenta, conhecido como Misael, que mencionou que o quarto orações da casa era usado para alguns rituais que não eram normais para os evangélicos.
“Ela pegava nomes de pessoas que queria que se aproximassem da família e fazia a preparação. Tinha mel, açúcar e alguidar. Havia orações, pedidos para Deus, mas aquilo não era normal no meio evangélico”, explicou Misael, afirmando que isso acontecia desde a época que a família morava na favela do Jacarezinho, na Zona Norte.
Um homem que morou na casa de Flordelis e que também foi ouvido pela polícia, afirmou não acreditar que Flordelis fosse evangélica verdadeira, já que havia a percepção de que tratava-se de uma seita, que tinha aparência de congregação religiosa, mas que não tinha relação com “aquilo escrito na Bíblia“.
A testemunha afirmou ter certeza de que “as práticas dessa família são de envolver e manipular psicologicamente as pessoas mais próximas de forma sutil”.