Em encontro histórico com líder xiita, o Papa falou sobre a importância da unidade cristã
O cristianismo no Iraque está à beira da extinção e o número de cristãos no país caiu cerca de 90%, desde o início dos anos 1990 |
No último final de semana, entre os dias 5 e 8 de março, o Papa Francisco realizou a primeira visita ao Iraque e às igrejas atacadas pelo Estado Islâmico. A igreja no país é uma das mais antigas do mundo, mas diante da hostilidade dos extremistas está ameaçada. A visita do líder ao país reacendeu a esperança dos cristãos iraquianos.
“Essa foi a primeira vez na minha vida que vi algo grande acontecer para o cristianismo no Iraque. A união dos cristãos, o serviço prestado, foi tudo incrível. Vivemos apenas momentos felizes. Os iraquianos perderam esse tipo de alegria. O povo está com fome de paz e eu espero que essa visita contribua para isso”, contou um seguidor de Jesus no Iraque.
No dia 6 de março, o Papa realizou um encontro histórico com o principal líder xiita do país, Ali al-Sistani. Durante o encontro, o líder católico agradeceu os islâmicos “por erguerem a voz em defesa dos mais fracos e perseguidos, afirmando o valor da unidade do povo iraquiano”. Ele também destacou “a importância da colaboração e da amizade entre as comunidades religiosas para que, cultivando o diálogo com respeito recíproco, se possa contribuir para o bem do Iraque, da região e de toda a comunidade”.
O Iraque ocupa o 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021. Os seguidores de Jesus no país enfrentam perseguição vinda por parte de amigos, familiares, grupos extremistas, líderes de grupos não cristãos e autoridades oficiais do país. Há mais de 20 anos, a Portas Abertas trabalha no país com distribuição de Bíblias, ajuda emergencial, projetos socioeconômicos e reconstrução de casas e igrejas destruídas por ataques extremistas. Através da sua doação, você continua a fortalecer a igreja iraquiana.