Chaco foi morto ao ter o veículo que dirigia confundido com o de um traficante jurado de morte.
Chucho [à esquerda]; Nazareth recebe oração do missionário Ed. (Foto: Reprodução / God Reports) |
Poucas semanas antes do Natal do ano passado, Chucho procurou pelo casal de missionários Ed e Denise Aulie, que servem ao Senhor nas montanhas Veracruz, no México. Ele perguntou se poderia falar com Ed depois do culto de domingo.
Chucho chegou com o coração quebrantado e arrependido, com pleno reconhecimento de seus pecados. “Isso tem que parar”, disse ele ao pastor Ed. “Quero estar bem com Deus mais do que qualquer coisa.”
Naquela noite, o homem recebeu Jesus como seu Senhor e Salvador e nasceu de novo.
Algumas noites depois, Chucho pegou emprestado o caminhão Toyota dos missionários para transportar sua mãe e irmão. Ele chegou a um lugar onde a estrada estava bloqueada por traficantes de drogas.
Pensando que eles só queriam roubar o veículo, Chucho encostou. Ele sabia que tentar escapar poderia matá-los todos. Ao descer, ele levantou os braços e ofereceu o caminhão e seus pertences aos homens.
Chucho foi atingido por uma metralhadora, com balas que perfuraram sua cabeça e coração. “Ele morreu instantaneamente”, relata Denise.
“Chucho acreditava nas pessoas. Ele nunca pensou que aqueles bandidos iriam matá-lo", disse um amigo de Chucho a Ed e Denise.
Erro trágico
O missionário Ed descobriu mais tarde que o assassinato de Chucho foi um erro trágico. “Desde então, soubemos que há um outro caminhão nas montanhas como o meu e o proprietário é um conhecido traficante de drogas que um cartel queria matar. Que caso trágico de identidade trocada!”, lamentou.
“A perda é imensa para nós pessoalmente e para a comunidade. Poucos dias antes, ele entregou sinceramente todos os aspectos de sua vida a Deus”.
Poucas semanas antes do assassinato, o irmão de Chucho, Nazareth, pregou a mensagem de domingo. “Nazareth, um crente, voltou da Cidade do México para o confinamento [da pandemia]. Ele sabia que Deus queria que ele usasse esse tempo para estender a mão à sua grande família mais do que nunca. Nazareth estava no caminhão naquela noite, assim como sua mãe agora em uma cadeira de rodas. Ambos foram atingidos pelas balas e ouviram os disparos que mataram o irmão e o filho”, contou Ed.
O funeral de Chucho, que deixou um filho de 9 anos, foi realizado ao ar livre com a presença de mais de mil pessoas, que que saíram de vilas e cidades vizinhas. Ed pregou a mensagem com base no Salmo 90:12.
Chucho era caminhoneiro e centenas de outros motoristas da região compareceram ao culto.
Abertura ao Evangelho
A morte prematura de Chucho proporcionou uma abertura para o Evangelho, acredita o casal de missionários: “A família de Chucho sabia que ele estava mudando. Ele estava ‘colocando sua casa em ordem’ sem perceber que seria sua preparação final. A família e toda a cidade ficaram tão abaladas com seu assassinato, de modo que a ministração aos corações e vidas durou dias”.
“Somos peregrinos. Não podemos saber o momento e a maneira de nossas mortes. Após a separação dolorosa de tantos amigos e entes queridos no ano passado, esta verdade é sublinhada em nossos corações e espíritos ainda mais para 2021”, disse Ed.