Luiz Antônio Gubolino fez tratamento com “pulmão artificial” e afirma que Deus lhe deu uma segunda oportunidade.
A cura de Luiz Antônio foi resultado de oração da família e amigos. (Foto: Arquivo pessoal). |
O médico Luiz Antônio Gubolino ganhou uma segunda chance de Deus. Depois de passar 108 dias internado com Covid-19 com um “pulmão artificial”, ele recebeu alta na última quinta-feira (22). A cura da doença, que colocou o cardiologista entre a vida e a morte, foi resultado das orações persistentes feitas pela família e amigos.
Os primeiros sintomas da Covid-19 em Luiz Antônio surgiram no dia 5 de janeiro. Logo, o quadro do médico piorou e ele foi internado no Hospital Austa, o mesmo em que ele trabalha, em Rio Preto (SP). Em 12 de janeiro, Luiz precisou ser intubado.
Prevendo que o estado dele pioraria ainda mais, ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A previsão médica se cumpriu e Antônio precisou usar 33 bolsas de sangue por causa de uma hemorragia. Também foi verificado que, além do coronavírus, o médico também estava com outro vírus respiratório, geralmente inofensivo, mas que ataca quando a imunidade está baixa.
O quadro de Gubolino evoluiu para um estado gravíssimo e ele iniciou o tratamento com um “pulmão artificial”, o ECMO, aparelho que faz a circulação extracorpórea, oxigenando o sangue quando o pulmão não está conseguindo.
A esposa de Luiz, Sandra Gubolino, descreveu os três meses de internação como desesperador, em entrevista ao Diário da Região. “A Covid te separa das pessoas. É a primeira coisa que acontece, você só recebe ligações. Isso no início foi muito difícil, enquanto ele estava no momento mais grave, não conseguíamos vê-lo, só uma vez por semana, durante meia horinha”, relatou.
Enquanto isso, familiares e amigos lutavam por Luiz Antônio em oração. “Nunca vi uma pessoa ser tão querida e estar em tantos grupos de orações. É uma coisa inexplicável e, graças a Deus, ele saiu”, disse o cunhado, José Franzotti, em entrevista ao Diário da Região.
Luiz, que perdeu 20 quilos com a internação, disse que receber alta do hospital foi como reviver e que sua fé em Deus foi renovada. “Deus me deu essa segunda oportunidade. Segundo minha família, as orações fizeram a diferença e eu passei a intensificar minha fé, acho que tinha me distanciado um pouco de Deus”, disse.
O médico, que agora está em processo de reabilitação, afirmou que deseja aproveitar mais a vida com a família e amigos. “Eu trabalhava com intensidade, sou muito voltado ao trabalho, por ser médico. Não vou deixar de ter dedicação, mas preciso voltar um pouco para minha relação com amigos e família. Quero estar próximo das pessoas que precisam de mim”.