Apesar de ser campeã paralímpica por 13 vezes e somar mais de 60 medalhas, Jessica Long encontrou algo mais valioso: sua fé em Cristo.
Jessica Long é a segunda paraolímpica mais condecorada da história dos EUA. (Foto: Team Toyota) |
A nadadora americana Jessica Long é uma das atletas de maior sucesso na história dos jogos paralímpicos. Ela detém vários recordes mundiais e competiu em quatro jogos paralímpicos, conquistando 23 medalhas (sendo 13 delas de ouro).
Ela também ganhou mais de 60 medalhas em campeonatos mundiais e se tornou a segunda paraolímpica mais condecorada da história dos Estados Unidos.
Apesar dos títulos e da carreira de sucesso, Jessica encontrou algo mais valioso do que as medalhas de ouro: o tesouro de sua fé em Jesus.
A história de Jessica está no auge da glória olímpica, mas começou em um orfanato russo. Ela nasceu com hemimelia fibular, que impede a formação de ossos e gera deformidades no pé e tornozelo.
Com apenas 13 meses, ela foi adotada em um orfanato da Sibéria por Steve e Beth Long, um casal de Baltimore, em Maryland (EUA). “Eles viram uma foto minha com outro menino”, disse Jéssica ao The 700 Club. “Eles realmente sentiram em seus corações que éramos os filhos que Deus queria que eles adotassem”.
Aos 18 meses, os pais adotivos tomaram a difícil decisão de amputar a parte inferior das pernas de Jessica — a primeira de 25 cirurgias dolorosas.
“Eu sabia que eu era diferente. Eu não tinha metade do meu corpo. Mas eu tive pais incríveis que realmente me ensinaram isso, que Deus sempre teve um plano especial para mim”, ela conta.
Questionamentos a Deus
Esse plano fazia sentido quando ela brincava na piscina da casa de seus avós, todos os domingos depois da igreja. Aos 10 anos, Jessica se juntou à equipe de natação da cidade. Treinando ao lado de outras crianças, Jessica passou a questionar por que Deus a fez diferente.
“Me lembro de estar muito chateada”, conta. “Me lembro de não querer nada com Deus, e ia fazer cirurgias a cada três meses. Tudo que eu ouvia era que Deus me fez assim e eu não gostava disso”.
Essa raiva alimentou seu ímpeto competitivo. Em 2004, aos 12 anos, Jessica se tornou a mais jovem paraolímpica a ganhar uma medalha de ouro. Em 2006, no Campeonato Mundial na África do Sul, aos 14 anos, Jessica ganhou nove medalhas de ouro e chegou a derrotar o nadador Michael Phelps por um prêmio ESPY, sendo reconhecida mundialmente.
Jessica lembra que deixou de lado sua dependência de Deus e encontrou sua identidade na natação. “Era eu quem passava por cirurgias. Era eu quem andava em duas pernas protéticas”, ela pensava na época. “Eu estava ganhando prêmios. Eu estava nos tapetes vermelhos em Los Angeles. Eu estava conseguindo patrocínios”.
Nos seis anos seguintes, Jessica acumulou mais de 50 medalhas de ouro e 18 recordes mundiais. Até que, nos Jogos Paraolímpicos de Londres em 2012, Jessica percebeu que algo estava faltando.
“Eu tinha acabado de ganhar cinco medalhas de ouro, a vida estava ótima”, disse Jessica. “Mas, ainda assim, só lembro de me sentir muito vazia e insatisfeita e não entendia por que”.
Nova identidade
Durante o treinamento para Londres, Jéssica frequentou um estudo bíblico para mulheres e, com o tempo, percebeu que precisava mudar algo.
“Acho que estava cansada de ficar com raiva. Acho que estava cansada de carregar todo esse peso”, relata. “Nada satisfazia minha alma e eu sempre ouvi isso em toda a minha vida, que Deus é o único que pode cumprir e satisfazer todas as suas necessidades.”
Em 2013, ela entregou sua vida a Deus, após um momento de oração com uma mulher. “Foi um momento muito especial, como se tivesse dado a Ele tudo de mim. Me lembro de me sentir tão leve e parte da família de Deus pela primeira vez”.
Hoje, Jessica é casada e está treinando para os Jogos Paraolímpicos de 2021 em Tóquio. Como uma das atletas paraolímpicas mais premiadas de todos os tempos, Jessica está firmada em uma nova identidade.
“Minha identidade está em Cristo”, disse a nadadora. “Espero mostrar isso com meu caráter, a maneira como faço as coisas no deck da piscina. Sei que não poderia fazer isso sem Deus. Eu realmente confio Nele. E quando estou nadando, O imagino ao meu lado, como se eu estivesse usando o talento que Ele me deu”.
Jessica diz ainda que sabe que está vivendo seu propósito e que Deus se agrada dela. Ela ainda deixa uma mensagem para qualquer pessoa que se sinta insatisfeita: “Deus é suficiente”, afirma. “Deus está esperando por você com Seus braços abertos e Ele mal pode esperar para ter você como parte de Sua família.”