As minorias étnicas cristãs costumam entrar em Mianmar para participar de seminários e aprender mais sobre o Evangelho.
A China reforçou a fronteira com o Mianmar. (Foto: STR AFP/Arquivo). |
Com o aumento de casos de Covid-19, recentemente a China fechou sua fronteira com o Mianmar e está reforçando o controle na região fronteiriça. O país comunista está colocando uma cerca de arame farpado de cerca de 600 metros entre Ruili, Lijiang e as montanhas Gaoligong, na província de Yunnan, no sudoeste.
O reforço no controle da fronteira é também uma medida para conter a influência do cristianismo, que entra pelo Mianmar. Um empresário de sobrenome Zhang explicou a International Christian Concern (ICC) que minorias étnicas usam caminhos menos conhecidos da região montanhosa de fronteira para entrar em Mianmar a fim aprender mais sobre religiões, como o cristianismo, proibidas na China comunista.
“As minorias étnicas transfronteiriças iam da China a Mianmar, talvez contrabandeando mercadorias ou para aprender sobre o cristianismo ou o budismo. Alguns iriam pelos canais de imigração legal e outros não, mas eles estavam indo para Mianmar para participar de seminários”, relatou Zhang.
E continuou: “Portanto, o muro da fronteira está efetivamente bloqueando as rotas usadas para infiltração religiosa clandestina na China. Quando religiões estrangeiras estão pregando para pessoas na China, do outro lado da fronteira com Mianmar, isso é infiltração religiosa no exterior”.
O controle cada vez mais forte da fronteira é também a medida mais recente para dificultar a travessia ilegais de muitos chineses, de acordo com um morador de uma cidade fronteiriça em Yunnan, de sobrenome Ma.
“Muitos chineses deixam o país desta forma sem documentos e, quando voltarem, também farão a travessia ilegalmente”, disse ele, à Rádio Free Asia.
A China também está construindo muros com cerca de 800 quilômetros da fronteira entre a região de Xishuangbanna de Yunnan, Ruili e Lincang como uma tentativa de impedir que soldados birmaneses, milícias étnicas, drogas e contrabando de armas entrem no país.
A preocupação do governo chinês é de que o comércio ilegal de armas possa incentivar o surgimento de milícias chinesas anticomunistas. Segundo Zhang, milícias anticomunistas já haviam aparecido no norte de Mianmar.