O jogador colombiano Cuadrado apresentou sua autobiografia, na qual conta sobre sua difícil trajetória e destaca a importância de sua fé.
Juan Guillermo Cuadrado durante a apresentação de sua autobiografia. (Foto: Reprodução / Twitter) |
O jogador de futebol da seleção colombiana Juan Guillermo Cuadrado apresentou sua autobiografia, na qual relata sua “história de autoaperfeiçoamento” e diz que “nem tudo depende de nós, seres humanos”.
O craque da Colômbia e estreou contra a Argentina nas semifinais da Copa América deste ano. Seu time perdeu no desempate e não conseguiu chegar à final. A Argentina venceu o Brasil e levou a taça em jogo realizado no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 11 de julho.
Rejeições
A autobiografia conta o início difícil de Cuadrado no futebol, e as várias vezes em que foi rejeitado antes de se tornar profissional.
Ele revê seu difícil caminho, que começou muito jovem, pegando um ônibus da cidade de Apartadó a Barranquilla, para participar de uma prova de escotismo em que foi rejeitado.
Em 2006, aos 18 anos, Cuadrado viajou a Buenos Aires para fazer um teste em vários clubes argentinos, mas também foi rejeitado por todos. “Avisávamos”, lembra ele em seu livro contado pelos olheiros do Boca Juniors e do River Plate (os dois maiores clubes argentinos de futebol). Ele foi até rejeitado por uma equipe semiprofissional da quarta divisão.
Fé e insistência
Na apresentação de sua autobiografia, Cuadrado destacou a importância de sua fé cristã para enfrentar os momentos mais difíceis de sua vida. “É fácil chegar lá. Isso é 1%, mas é preciso 99% para permanecer. Deus me deu o talento e a disciplina para realizar sonhos e objetivos que eu tinha desde criança”.
Após idas e vindas atrás de seu sonho, Cuadrado enfim venceu e se tornou um profissional do futebol. O jogador explica que a fé tem um componente nesse êxito e agradeceu a Deus “por me colocar em um lugar que nunca imaginei”.
“Sua graça e favor em me sustentar me deram uma forte mentalidade para ser capaz de enfrentar aqueles momentos difíceis. Tudo é possível ao que crê”, concluiu Cuadrado.
Carreira
Em seu retorno à Colômbia, ele começou a jogar por alguns times das divisões inferiores. A partir de então, suas atuações chamaram a atenção dos grandes clubes do país, até que foi contratado pelo Independiente de Medellín em 2008 e, a partir daí, chegou à Europa pela equipe italiana Udinese Calcio.
Depois, passou um ano emprestado ao Lecce antes de ingressar na Fiorentina, onde atraiu o interesse dos principais clubes do continente e foi finalmente transferido para o Chelsea, na Inglaterra.
O agora jogador da Juventus recorda na sua autobiografia que “cheguei a um ponto em que tinha de decidir se almoçava ou jantava à noite, porque não tinha dinheiro para os dois. Decidi comer por volta das quatro da tarde e beber água à noite”.
“A fome, o frio, o peso da solidão e os 'não' que recebi me encurralaram com o passar dos meses. Mas continuei treinando onde pude, andando ali, correndo ali, perguntando, procurando outras provas”, acrescenta Cuadrado.