O Yom Kippur, o Dia do Perdão, traz uma mensagem também aos cristãos: é preciso se arrepender dos pecados e ter uma vida que agrade a Deus.
Imagem ilustrativa. (Foto: The International Fellowship of Christians and Jews) |
O Yom Kippur, também conhecido como Dia do Perdão — uma das datas mais importantes do calendário judaico — termina no entardecer desta quinta-feira (16) apresentando princípios que também impactam a vida dos cristãos.
Os judeus tradicionalmente observam esse feriado com um período de jejum de 25 horas e oração intensa e oram confessando seus pecados a Deus. “Nesse dia, são apresentados pedidos para o ano todo”, explicou o pastor Joel Engel em culto transmitido ao vivo na terça-feira (14).
O processo de arrependimento, no entanto, não se resume a apenas um dia: os judeus separam o mês anterior, de Elul (que em 2021 foi de 9 de agosto a 6 de setembro), para fazer uma reflexão profunda sobre suas vidas.
“Jesus ensinou que antes de entregar uma oferta, deveríamos nos acertar com nossos irmãos. O maior medo dos judeus é chegar no dia de Yom Kippur sem acertar algo com seu irmão ou com Deus”, lembra.
É nesta data também que Deus define o que irá acontecer com a humanidade no próximo ano. “É muito importante você saber que há um dia onde seu destino é definido”, observa o pastor. “Neste dia, Deus decide quem vai viver e morrer, quem vai empobrecer ou enriquecer”.
Engel lembra que seguir à risca os rituais judaicos não é “obrigatório” para os cristãos, mas todas as coisas feitas para agradar a Deus devem partir “de dentro do coração”.
No dia do perdão, como agradar a Deus?
Segundo Joel Engel, Deus enviou Jesus para estabelecer uma aliança com a humanidade — as pessoas que irão agradá-lo são as que são fiéis a esse compromisso.
“Nosso Deus é um poeta apaixonado. Deus faz loucuras de amor por você. Deus manda o vento, sacode o barco, faz os montes sacudirem, sua casa estremecer, faz qualquer coisa para chamar sua atenção”, afirma. “Jesus veio a esse mundo para mostrar o quanto Deus ama você. Ele morreu numa cruz. Tem loucura maior que essa, alguém dar sua própria vida por amor a você?”
O pastor lembra que Deus usa a figura do casamento para falar de Seu amor pela humanidade. Por isso, ele alerta: “Deus é apaixonado, mas não vai casar com alguém que vai traí-lo.”
“Quando Deus fala em casar, Ele fala em fidelidade. No dia do Yom Kippur, é o dia em que Deus testa a noiva. Ele vê quem vai ser fiel a Ele até a morte. Ele deu a vida por você e quer que você dê sua vida por Ele”, destaca o pastor.
O casamento é um símbolo de uma aliança e um compromisso público entre um homem e uma mulher, explica Engel. É por isso que Deus faz um paralelo entre Cristo e a Noiva, a Igreja. “Deus ama a todos, mas casamento é só com os fiéis”, afirma.
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