O grupo foi raptado após deixar um orfanato, a 30 km de Porto Príncipe. Entre os cristãos raptados, estão mulheres e três menores de idade.
Orfanato Maison La Providence de Dieu em Ganthier, Croix-des-Bouquets, Haiti. (Foto: Joseph Odelyn/The Associated Press). |
Missionários americanos e suas famílias, incluindo crianças, foram sequestrados por uma gangue em Porto Príncipe, no Haiti, neste sábado (16). De acordo com a Christian Aid Ministries, a organização que enviou os cristãos ao país, o sequestro aconteceu após o grupo deixar um orfanato situado a 30 km da capital haitiana.
“O diretor de campo missionário e a embaixada americana estão trabalhando para ver o que pode ser feito. Ore para que os membros da gangue cheguem ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”, disse um ex-diretor de campo da Christian Aid Ministries.
Segundo a CNN Internacional, 14 adultos foram sequestrados, homens e mulheres, e três menores de idade. O sequestro aconteceu enquanto os missionários viajavam em um ônibus para Titanyen, após visitarem um orfanato na área de Croix des Bouquets.
A gangue chamada “400 mawozo” montou barricadas na estrada, já controlada por ela, desviou vários veículos e raptou os missionários e também cidadãos haitianos, conforme informações da Rádio França Internacional (RFI).
“O bem-estar e a segurança dos cidadãos americanos no exterior é uma das maiores prioridades do Departamento de Estado. Estamos cientes desses relatórios e não temos nada adicional a oferecer no momento”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Crise no Haiti
A violência no Haiti aumentou com a crise instaurada no país, após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho, e um terremoto, em agosto, que deixou mais de 2 mil mortos.
Nesse contexto, se tornou comum gangues realizarem sequestros a fim de conseguir dinheiro. De acordo com o grupo de vigilância Fondasyon Je Klere, hoje mais de 150 gangues atuam no Haiti.
Desde janeiro, pelo menos 628 sequestros foram registrados. Entre as vítimas, 29 eram estrangeiros, de acordo com dados do Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos em Porto Príncipe.