Em relação a duração da ministração, uma minoria quer mensagens mais curtas no culto.
Em relação a duração dos sermões, uma minoria quer mensagens mais curtas no culto. (Foto: Unsplash/Nycholas Benaia). |
Uma pesquisa, divulgada na última sexta-feira (7), revelou que 30% dos evangélicos desejam receber um ensino bíblico mais profundo em suas igrejas locais.
O estudo “The Congregational Scorecard: O que os evangélicos querem em uma igreja”, realizado pela Gray Matter Research e a Infinity Concepts, nos Estados Unidos, perguntou a opinião de americanos protestantes sobre 14 elementos do culto na igreja em que frequentam.
Em relação a pregação da Palavra, apenas 7% dos entrevistados desejam que os sermões sejam mais curtos, 85% acreditam que a duração atual dos sermões são aceitáveis e cerca de 8% responderam que gostariam de ministrações mais longas.
Os resultados foram similares entre as faixas etárias mais jovens e mais velhas. Somente 10% dos evangélicos com menos de 40 anos preferem sermões mais curtos e 11% dos cristãos com mais de 70 anos responderam o mesmo.
“Uma das descobertas mais surpreendentes foi que tão poucos evangélicos querem sermões mais curtos, já que um estereótipo tão comum e infeliz são os pastores prolixos”, comentou o presidente da Gray Matter Research, Ron Sellers, ao The Christian Post.
“Não apenas isso, mas continuamos sendo informados de que os adultos mais jovens têm pouco tempo de atenção, e que os pastores realmente precisam reduzir seus sermões para alcançar esse público. Eu esperava encontrar uma proporção maior de evangélicos (especialmente pessoas mais jovens) que desejassem sermões mais curtos, como talvez 20% ou 30%. Em vez disso, são apenas 7%”.
A pesquisa também revelou que 30% dos protestantes querem um ensino mais aprofundado em suas congregações. 69% dos entrevistados disseram que a profundidade do ensino em sua igreja estava boa.
Para Mark Dreistadt, CEO da Infinity Concepts, este dado coletado pela pesquisa foi surpreendente. “Isso demonstra uma oportunidade para os pastores se aprofundarem na Palavra de Deus. Esta é uma boa notícia em um momento em nossa cultura em que a alfabetização bíblica é tão baixa. Parece haver um desejo entre os evangélicos de aprofundar sua compreensão da verdade bíblica”, comemorou Mark.
Envolvimento político na igreja
O relatório também descobriu que mais da metade (66%) dos entrevistados gostaram de mensagens politizadas ou do envolvimento de suas igrejas em questões políticas. Enquanto 22% gostariam que sua congregação tivesse menos envolvimento político.
Ron Sellers explicou que a descoberta não é uma novidade no meio cristão. “Houve vários estudos, mostrando pessoas mudando de igreja ou até mesmo deixando a igreja devido a diferenças políticas, seja em geral ou em uma posição específica, como aborto ou casamento entre pessoas do mesmo sexo”, disse.
“Então, se as pessoas saírem ou mudarem devido a diferenças políticas, não será nada novo; apenas uma continuação do que já está acontecendo em nossa sociedade há algum tempo”, avaliou Sellers.
Mudanças na igreja
Além de perguntar sobre a duração da pregação, a profundidade do ensino bíblico e o envolvimento político da igreja, a pesquisa também verificou a opinião dos entrevistados sobre a adoração no culto, evangelismo, ofertas, mulheres na liderança, diversidade racial e questões sociais.
Cerca de 74% dos cristãos responderam que estão satisfeitos em relação a estes assuntos em sua igreja e não viam necessidade de mudanças.
Mark Dreistadt afirmou que espera que a pesquisa sirva como referência para insight aos líderes da igreja e ponderou: “No entanto, é importante notar que há uma grande variedade de estilos de igreja para escolher e os evangélicos tendem a procurar igrejas que se encaixem em suas preferências pessoais”.
“Então, queremos encorajar pastores e líderes a aprender com os dados e aumentar sua conscientização sobre possíveis mudanças. No entanto, também queremos incentivá-los a sempre buscar o chamado que Deus colocou em seus corações para a congregação”, concluiu.