A ideia do multiverso teve um grande destaque no filme “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”.
O apologista cristão e autor australiano Ken Ham. (Foto: Answers in Genesis) |
O conceito de “multiverso” está se popularizando nos filmes e na comunidade acadêmica, mas o apologista cristão e autor australiano Ken Ham destaca que a ideia não tem base na ciência, nem na Bíblia.
“Não existe 'multiverso'”, escreveu Ham no site do Answers in Genesis, um ministério apologético fundado por ele.
Multiverso é um termo usado para descrever o conjunto hipotético de universos possíveis, incluindo o universo em que vivemos.
A ideia teve um grande destaque no filme “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, em que o herói luta contra vilões que acidentalmente foram transportados de outros universos para a Terra.
Um artigo recente no Live Science defendeu que, se a teoria por trás de um multiverso estiver correta, há “um número infinito de universos compactos” e que cada um deles “apoiaria suas próprias leis da física e arranjos de partículas”.
Ham, no entanto, rebateu: “Essa ideia é baseada em crenças ateístas e naturalistas sobre a origem do universo, não no relato das testemunhas oculares da história que Deus nos deu em sua Palavra”.
Além disso, Ham destacou que “a ideia do multiverso não é científica”.
Fábula filosófica
Para explicar, ele citou um artigo de Danny R. Faulkner, um astrônomo da Answers in Genesis, que possui um Ph.D. em astronomia.
“Não há ciência em nada disso”, escreveu Faulkner. “Em vez disso, a crença no multiverso é uma tentativa desesperada de evitar as implicações do design [inteligente], mesmo quando o design está nos encarando. Argumentos para o multiverso muitas vezes são formulados em termos pseudocientíficos para torná-lo científico. Mas, novamente, não há ciência aqui. Pelo contrário, é na melhor das hipóteses um argumento filosófico.”
Faulkner se disse surpreso por ver “pessoas racionais” acreditarem em um multiverso.
“Esse é o tipo de coisa sobre a qual o apóstolo Paulo escreveu em Romanos 1:21”, acrescentou Faulkner, mencionando o texto bíblico que diz: “Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram”.
Ele conclui: “Uma vez que os homens rejeitam a Deus, seus corações tolos permitem que eles se envolvam em todos os tipos de especulações fúteis, para dar a eles razão para essa rejeição.”