Enfermeira demitida por usar colar de cruz no trabalho vence batalha judicial

A cristã Mary Onuoha, de 61 anos, foi pressionada a retirar seu colar, enquanto seus colegas podiam usar adornos religiosos livremente.

A enfermeira Mary Onuoha, de 61 anos, foi pressionada a retirar ou esconder sua cruz. (Foto: Christian Legal Center).

enfermeira cristã que processou o hospital, onde trabalhava em Londres, por puni-la ao usar um colar de cruz, venceu o caso na Justiça. Um Tribunal decidiu que Mary Onuoha, de 61 anos, foi demitida injustamente, ao ser forçada a abandonar seu cargo em 2020, depois que seus empregadores criaram “um ambiente ofensivo, hostil e intimidador''.

Mary relatou que foi discriminada e pressionada a renunciar ao emprego porque não cumpriu a política de “remover ou encobrir seu colar de cruz” durante o serviço no Hospital da Universidade de Croydon. 

Um Tribunal decidiu a favor da enfermeira, concluindo que a alegação do hospital, de que pediu que Mary não usasse seu colar de cruz devido a políticas de saúde e segurança, é insustentável, já que não aplicou o mesmo tratamento a outros profissionais que também usavam acessórios religiosos.

“Em nossa opinião, a conduta que identificamos como sendo de assédio e/ou discriminação direta, individual ou cumulativamente, foi suficientemente grave para ser susceptível de destruir ou prejudicar gravemente a relação de confiança e segurança. Não aceitamos que o Reclamado tivesse uma causa razoável e adequada para sua conduta”, declarou o Tribunal.

Andrea Williams, chefe executiva do Christian Legal Center, que representou Mary no caso, comemorou a vitória da cristã. “Estamos muito satisfeitos que o Tribunal decidiu a favor de Mary e fez justiça neste caso. Desde o início, este caso tem sido sobre o ataque autoritário do hospital ao direito de uma enfermeira dedicada e diligente usar uma cruz - o símbolo mundial, reconhecido e estimado da fé cristã”, afirmou.

E concluiu: “Qualquer empregador agora terá que pensar com muito cuidado antes de restringir o uso de cruzes no local de trabalho”.

Através de seu porta-voz, o Hospital Croydon pediu desculpas à Mary. “Gostaríamos de nos desculpar com a Sra. Onuoha e agradecer ao painel do Employment Tribunal por sua consideração cuidadosa sobre este assunto”, afirmou, acrescentando que o hospital atualizou o código de vestimenta para seus funcionários.

Relembre o caso

Em agosto de 2018, os chefes do Hospital Croydon ordenaram que ela removesse a cruz porque era “uma violação do Código de Vestimenta e da Política Uniforme da Trust” e, portanto, um risco à saúde dela e de seus pacientes.

A cristã Mary Onuoha foi suspensa de suas funções clínicas e rebaixada para trabalhar como recepcionista porque não aceitou tirar seu colar com pingente de cruz, que usa há mais de 40 anos. Em agosto de 2020, ela decidiu pedir demissão. Logo depois, a enfermeira entrou com um processo contra o hospital.

Ela afirmou ainda que outros membros do corpo clínico do hospital tinham permissão para usar joias, sáris, turbantes, hijabs e outros adornos religiosos e que apenas a cruz estava sujeita a regras específicas.

Mary questionou o motivo pelo qual somente a cruz que ela usa é apontada como um “risco à segurança dos pacientes”, quando outros funcionários podem usar pingentes e brincos durante as cirurgias.

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