O principal suspeito do crime brutal é o pai da família, que é muçulmano e está foragido.
O principal suspeito do crime brutal é o pai da família. (Foto: Flickr/Susan Hunt). |
Uma mãe e seus filhos, de 3 e 8 anos, foram enforcados por aceitarem Jesus após culto de Natal, em Uganda. O principal suspeito do crime brutal é o próprio pai da família, que é muçulmano.
No dia 28 de dezembro, um vizinho encontrou Shamira Nakato, de 27 anos, e seus dois filhos enforcados na sua casa, no vilarejo de Bwetyaba, distrito de Kayunga.
Em 25 de dezembro, uma vizinha convidou Shamira para ir ao culto de Natal de sua igreja, enquanto seu marido, Hamidu Kasimbi, estava fora em uma viagem de dois dias. A jovem aceitou o convite e foi ao culto com os filhos, de acordo com o pastor local da igreja, não identificado por questões de segurança.
Ao final da celebração de Natal, o líder conversou com Shamira e orou por ela e pelas crianças. No dia seguinte, eles compareceram no culto de domingo novamente e a mãe e o filho mais velho entregaram suas vidas a Jesus.
“Shamira me disse que tinha uma profunda convicção de abraçar a Cristo depois da oração no dia de Natal. Eu então orei por ela e a convidei para um dia especial de oração na segunda-feira, 27 de dezembro”, relatou o pastor.
Arrastados para fora da igreja
Enquanto Shamira e os filhos participavam deste culto de oração, na segunda-feira, o esposo Hamidu chegou em casa mais cedo do que o previsto e soube, por um vizinho muçulmano, que a esposa e os filhos estavam frequentando a igreja nos últimos dias.
Segundo moradores da região, Hamidu saiu de casa e foi até a igreja. “Quando ele entrou na igreja, sua esposa e os filhos estavam sentados atrás. Ele a tirou da igreja e, a cerca de 100 metros de distância, um membro o viu bater na esposa”, contou o pastor.
Por volta do meio-dia, se ouviu gritos vindos da casa da família. Às 16h, um vizinho viu dois homens muçulmanos montando uma estrutura de madeira no pátio da residência. No mesmo dia, à noite, um morador ouviu mais gritos na casa de Hamidu.
Na manhã seguinte (28), o vizinho foi até a casa da família pedir uma ferramenta de cortar lenha, mas ninguém lhe atendeu. Com a porta destrancada, ele entrou na residência e encontrou Shamira e os filhos enforcados na estrutura de madeira que havia visto no dia anterior.
“Eu fiz um grande alarme que trouxe os moradores, incluindo o presidente do Conselho Local, correndo para o local. Mais tarde, a polícia chegou e os três corpos foram transportados para a autópsia”, disse o vizinho.
Segundo o presidente do Conselho Local, Fred Sekatonya, Shamira sofreu ferimentos na cabeça e no pescoço. Hamidu está foragido e é procurado pelas agências de segurança.