Artur Pawlowski foi preso com seu irmão após protestarem do lado de fora da casa do Ministro da Saúde de Alberta.
Pawlowski é pastor da Street Church e The Cave of Adullam em Calgary, Alberta. (Foto: Pastor Artur Pawlowski) |
O pastor canadense Artur Pawlowski, que se tornou conhecido por suas críticas às restrições ao culto devido à pandemia, foi preso novamente — desta vez por protestar em frente a casa de um funcionário do governo da província de Alberta.
Pawlowski foi preso no sábado (1) junto com seu irmão, Dawid, após protestarem do lado de fora da casa do Ministro da Saúde de Alberta, Jason Copping.
A prisão foi realizada de forma semelhante à detenção dos dois irmãos em 8 de maio, no meio de uma rua movimentada. Enquanto Pawlowski se ajoelhava e se recusava a andar, os policiais o carregaram.
Mais uma vez, Pawlowski se recusou a andar enquanto os policiais o levaram algemado, o carregando como na prisão anterior.
Nos momentos que antecederam a prisão, Pawlowski, um imigrante polonês no Canadá, se referiu a seu país adotivo como “Chinadá”, comparando as ações de funcionários do governo às do Partido Comunista Chinês.
“Fomos parados de novo… Pela segunda vez em apenas 20 minutos, acredite ou não. Por quê? Porque ousamos estar dispostos a expressar nossa opinião pacificamente na casa do ministro da Saúde”, disse ele.
Um policial informou aos irmãos Pawlowski que eles estariam violando os termos da liberdade condicional a que estão sujeitos, pela prisão de 8 de maio, por realizar um culto presencial sem atender às restrições da Covid-19.
Em outubro, os Pawlowski evitaram a pena de prisão e foram condenados a pagar 23 mil dólares em multas e a passar por 18 meses de liberdade condicional.
Um dos policiais indicou que os irmãos foram presos por “violação das ordens de saúde pública”, sugerindo que o protesto em frente à casa do ministro da saúde de Alberta constituía uma reunião pública ilegal.
No domingo (2), os irmãos Pawlowski foram liberados com a condição de ficarem longe de Copping e de sua residência.
Repercussão da prisão
O primeiro-ministro de Alberta, Jason Kenney, divulgou uma nota expressando seu apoio à prisão de Pawlowski. “Todos os moradores de Alberta têm o direito de protestar pacificamente. Esse direito não se estende à invasão de residências privadas e assédio a famílias de funcionários públicos”, disse ele.
“Infelizmente, esta não é a primeira vez que teóricos da conspiração antivacinas tentam intimidar funcionários do governo dessa maneira. Tenho certeza de que a grande maioria dos albertenses rejeita esse tipo de extremismo”, acrescentou Kenney.
No Twitter, o pastor Pawlowski afirmou que a declaração de Kenney mostra que o “governo sempre teme a voz do povo”. Ele ainda disse que o protesto foi “muito pacífico”.
“Quando entramos no carro, notamos que muitos carros da polícia bloquearam as estradas e eles começaram a fingir que estavam fazendo uma blitz”, disse ele. “Um helicóptero estava voando durante o comício, o protesto pacífico. Então soubemos que a polícia estava monitorando e observando.”
Pawlowski afirmou que o protesto fora da casa de Copping era necessário porque os políticos costumam se esconder dentro dos gabinetes. “Você não tem permissão para entrar e vê-los”, explicou.