Ao ser abusada na infância por uma mulher da família, Audra Austin se sentia rejeitada e não amada, isso a levou a viver no lesbianismo.
Audra Austin testemunha sua transformação de vida. (Foto: Reprodução / CBN News) |
Desde criança, Audra Austin odiava ser menina. Esse sentimento surgiu quando ela foi molestada por uma mulher de sua família e acabou levando-a para o lesbianismo.
“Eu via a feminilidade como uma fraqueza. Eu estava quase com medo de mim mesma. Se esse lado feminino estivesse em mim, eu estaria machucada novamente”, contou em um testemunho.
Aos 11 anos, os pais de Audra se divorciaram e a guerra contra sua identidade continuou. Mais tarde, o comportamento abusivo de seu padrasto reforçou seus medos.
“Ele pegava a Bíblia e me dizia: 'As mulheres são feitas da costela de Adão, então você é menor.' Eu amava minha mãe, mas ela estava permitindo que aquele homem fizesse aquilo. E se é isso que é ser mulher, estar com um cara que vai te dizer que você é subumana porque você é mulher, eu não quero nada com isso”, dizia.
Ao longo de sua infância, Audra usava álcool e drogas para anestesiar a dor. Ela conta que quando estava no ensino médio, rejeitava todas as coisas femininas. “Fiquei com uma aparência muito mais masculina e usava todas as roupas masculinas, até roupas íntimas masculinas.”
Aos 19, ela começou a namorar uma mulher mais velha. “O estilo de vida gay para mim era mais sobre amor e aceitação. Aceitar você como você é e como você veio. No entanto, havia muita miséria.”
Nos 10 anos seguintes, Audra procurou amor em relacionamentos lésbicos, mas nenhum deles durou. Ela estava profundamente deprimida e tentou suicídio várias vezes.
Ouvindo sobre Jesus
Todos os dias no trabalho, um colega falava a Audra sobre Jesus. “Eu era uma pessoa má. Uma vez eu o ignorei quando ele estava tentando falar comigo sobre Deus e Jesus. Ele disse: ‘Sabe, eu meio que disse tudo o que poderia dizer. Há uma senhora com quem você precisa conversar”. Depois, entregou a ela o número de uma mulher de sua igreja.
“Ele me disse: ‘Você precisa falar com essa senhora. Ela é uma profetisa’”, lembra. Apesar de ter uma ideia equivocada sobre o que era um profeta, Audra aceitou conversar.
“Lembro que ela tinha um cavalinho de vidro em sua mesa de centro e eu achei aquilo legal. Ela me disse: 'Você gostou? Você pode tê-lo. Eu fiquei tipo, 'Sério?'".
O gesto gentil fez Audra baixar a guarda. Então a mulher fez uma pergunta que ela não esperava. “Por que você acha que é assim?”.
Audra conta que ninguém nunca a havia perguntado aquilo. “Quando ela me fez essa pergunta, eu não consegui responder. Lembro-me de soluçar e literalmente dizer a ela: ‘Eu não sei. Não sei. E foi naquele momento que ela abriu uma Bíblia.”
O amor de Deus
A mulher falou a Audra sobre um novo tipo de relacionamento. “Ela disse que estado em que eu vivia, era um estado pecaminoso. Eu estava separada de Deus. E que Deus me amou o suficiente para me encontrar. Para mim, o amor era uma palavra ruim por causa de todas as coisas que eu tinha experimentado. Então esse Deus que me amou me deu esperança de que eu poderia ser amada; que poderia valer a pena amar.”
“Eu finalmente senti que estava me rendendo. 'Jesus, eu fiz uma bagunça na minha vida, por favor, pegue e faça algo com isso.' E esse foi o começo da minha jornada", relembra.
De volta à feminilidade
Audra diz que se tornou confiante com seu estilo feminino e único. Ela perdeu o desejo por drogas e álcool, mas ainda lutava contra a atração pelo mesmo sexo.
“Eu disse: ‘Mas Deus, eu nem acho que poderia gostar de homens. Eles me repelem.' E eu lembro que parei e pensei sobre isso e disse: 'Sabe de uma coisa, Deus, eu só quero conhecer você'. E lembro de dizer: 'Eu escolho você'."
Com o tempo, Audra notou uma mudança. “Quatro anos depois disso, lembro-me claramente do dia em que esse homem passou por mim com loção pós-barba e pensei: 'Ei, isso cheira bem' no sexo oposto”, disse.
Agora, ela está ansiosa para começar uma família com seu marido Roy. Eles se conheceram através do ministério de solteiros da igreja. “Ele é meu grande ursinho de pelúcia. Eu me sinto segura e protegida quando estou perto dele. E ele me complementa.”
Audra diz que encontra satisfação em ser exatamente quem Deus a criou para ser. "Há esperança. Jesus é a saída. Se você quer sair do estilo de vida gay, Jesus é a saída. E eu queria sair. E Ele era o meu caminho. E Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.”