Algumas semanas antes, a jovem havia anunciado nas redes sociais que tinha se tornado cristã
A violência contra as mulheres no Iraque e em toda a região é um problema |
Na semana do Dia Internacional da Mulher, fontes seguras noticiaram o assassinato de uma jovem curda convertida do islamismo ao cristianismo no Curdistão iraquiano, Norte do Iraque. O portal Middle East Concern informou que em 7 de março, a jovem de 20 anos havia anunciado nas mídias sociais que tinha se tornado seguidora de Jesus.
O portal também afirmou que Eman Sami Maghdid (que após a conversão adotou o nome Maria) estava se preparando para o batismo. Ela era conhecida por seu ativismo e tinha quase 50 mil seguidores no Tik Tok, muitos dos quais expressaram o choque e indignação com o assassinato da cristã.
Maria usava sua conta para falar sobre os direitos das mulheres, mostrando fotos suas que seriam ofensivas na sociedade curda conservadora à qual pertencia. Além disso, ela também testemunhou sua conversão, publicando postagens de si mesma cantando canções de adoração.
Morta como apóstata
De acordo com outro portal cristão de notícias, AsiaNews, “parece que ela foi punida por sua família por deixar o islã, especificamente por se emancipar e abraçar a religião cristã; em suma, ela foi culpada de apostasia. O assassinato ocorreu perto do aeroporto internacional de Erbil, não muito longe de Ankawa, o distrito predominantemente cristão de Erbil.” Tanto seu tio quanto seu irmão estariam envolvidos no assassinato.
A família, no entanto, contesta isso, dizendo que o motivo da morte tem a ver com desentendimentos na família e o fato de Maria ter deixado o marido, com quem foi forçada a se casar aos 12 anos, informou o site de notícias.
Um informante anônima do governo, no entanto, disse ao AsiaNews que a família a assassinou porque ela “não queria usar véu e não queria mais seguir as tradições islâmicas”. A fonte sugeriu que o pai de Maria é um líder religioso na comunidade.
Onda de assassinato de mulheres no Curdistão iraquiano
O Curdistão iraquiano tem experimentado uma onda de assassinatos de mulheres nos últimos meses, ressaltando o fato de que a violência contra as mulheres no Iraque e em toda a região é um problema.
Uma analista de perseguição da Portas Abertas afirma que, apesar de esse ser um problema bem conhecido, “não é frequente que o assassinato de um convertido seja relatado na mídia. O Curdistão iraquiano é conhecido por ser relativamente tolerante com a dissidência, embora haja sinais de que essa tolerância esteja diminuindo.”
“Os relatos apontam para o envolvimento do tio e do irmão no assassinato, confirmando que a família é um dos principais impulsionadores da perseguição aos convertidos na região. De acordo com o ensinamento islâmico radical, a punição para a apostasia do islã é a morte. No entanto, as leis do Curdistão iraquiano permitem uma mudança de religião e vários líderes muçulmanos, cristãos e governamentais condenaram o assassinato. Resta agora ver como as autoridades judiciais vão lidar com o assunto, especialmente porque o governo regional gosta de se apresentar ao Ocidente como sendo democrático e tolerante com as religiões não-islâmicas na área", conclui a analista.
Pedidos de oração
- Ore para que Deus toque o coração dos familiares da jovem cristã morta, para que eles se arrependam e recebam perdão e salvação em Cristo.
- Interceda pelos cristãos ex-muçulmanos no Iraque, para que não sejam intimidados com o incidente, mas permaneçam firmes e sejam guardados no Senhor.
- Clame para que os cristãos perseguidos no Iraque sejam cheios do Espírito e sempre respondam em amor e sabedoria à perseguição.