Uma organização cristã palestina perto de Belém está sob fogo após a visita do rabino e político israelense Yehudah Glick.
A reação começou na segunda-feira, quando Glick postou uma foto no Facebook dele visitando a organização Beit al Liqa. Ele é visto posando ao lado de dezenas de turistas alemães que estavam visitando a organização cristã sem fins lucrativos. Fundada em 1996, a Beit al Liqa atende famílias palestinas locais através de programas baseados na fé.
Glick diz que estava em Beit al Liqa para "se encontrar privadamente com alguns amigos", mas foi convidado a falar com os turistas sobre seu próprio trabalho sem fins lucrativos que lida com órfãos e viúvas.
"O turismo está de volta", escreveu Glick no post no Facebook. "Falando com 50 turistas alemães em Belém casa de paz".
O post rapidamente gerou controvérsia online com alguns nas redes sociais chamando Glick de "extremista" e a organização Beit al Liqa de "traidor" do povo palestino. Glick é conhecido por orar regularmente no Monte do Templo em Jerusalém, que é considerado pelos palestinos como um local sagrado estritamente islâmico.
O grupo terrorista Jihad Islâmico palestino chamou a reunião de "crime nacional" e a Autoridade Palestina ordenou que a organização cristã encerrasse as operações por uma semana enquanto investiga a visita de Glick.
Beit al Liqa negou que tenha convidado Glick para falar, e disse que os turistas alemães estavam lá para ouvir um discurso do pastor Johnny Shahwan, presidente do conselho de administração da organização.
"No final do discurso, uma pessoa não identificada entrou de repente, e só soubemos hoje através das mídias sociais que essa pessoa era o extremista sionista Yehuda Glick", disse a organização em um comunicado. "No final da reunião, o líder do grupo alemão pediu para tirar uma foto em grupo, e essa pessoa estranha veio e ficou ao lado de Johnny Shahwan. Afirmamos que não estávamos cientes da presença desse extremista sionista e que ele não fazia parte do programa."
Glick diz que o grupo cristão está sendo intimidado pelas autoridades palestinas e o pastor Johnny especificamente está sendo perseguido.