‘Mesmo sem a internet, a Igreja na China continuará crescendo’, diz missionário

Lei que exige aprovação do governo para compartilhamentos de conteúdo religioso online entrou em vigor na China.

Reverendo Lee Hayward ensinando “Liderança Bíblica” para líderes de igreja na China. (Foto: Reprodução / China Partner)

A nova lei que estabelece novos regulamentos para o uso da internet na China – inclusive para conteúdo religioso – entrou em vigor em 1º de março.

Para compartilhar conteúdo na internet, igrejas e grupos religiosos precisarão de aprovação do governo comunista de Xi Jinping. Assim, os interessados devem se cadastrar para passar pelo controle chinês.

“Os pastores estão nos dizendo que solicitaram permissão. E isso é realmente parte da lei; eles têm uma brecha. Essa brecha é que cada indivíduo, empresa, organização ou igreja pode realmente solicitar permissão de acesso à Internet”, conta Eric Burklin, da China Partner.

Após receber a permissão do governo, a instituição pode continuar sua atuação na internet normalmente. Burklin diz que as igrejas com as quais ele tem contato realizaram cultos e reuniões online sem impedimentos.

Segundo a Mission Network News, a lei poderia ter mais efeito sobre as igrejas não registradas. Mas mesmo sem a internet, a Igreja na China continuará crescendo.

“Jesus prometeu: 'Eu construirei minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela'. Essa promessa foi dada 2.000 anos atrás. E 2.000 anos atrás, não tínhamos internet”, diz Burklin.

Reforço em oração

Burklin diz que os cristãos chineses se acostumaram com esse tipo de controle e restrição. Ele pede oração a Deus para continuar dando-lhes criatividade, para fortalecer e encorajar os crentes chineses.

Ele também incentiva os cristãos a orarem pelos líderes do Partido Comunista Chinês. “Quando ouvimos esses relatos sobre líderes mundiais, ficamos nervosos com eles. Às vezes ficamos com raiva, e então começamos a odiá-los em vez de olhar para eles da perspectiva de Deus. Eles também são criados à imagem de Deus”, justifica.

“Acredito que precisamos orar pelo presidente Xi. Desde que fiz isso, tive um sentimento diferente sobre ele”, relata.

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