Cientistas cristãos apontam erros da teoria do Big Bang: “O caos não criou o cosmo”

Adauto Lourenço e Marcos Eberlin enfatizam que há muita organização no Universo para ser atribuída a um sistema tão caótico.

Marcos Eberlin e Adauto Lourenço. (Foto: Captura de tela/YouTube Igreja Presbiteriana de Pinheiros)

De acordo com vários cientistas, a Fé e a Ciência “não” caminham para lados opostos. Além disso, eles afirmam que a Ciência ainda contribui para o avanço da fé.

No programa “Fé & Ciência” da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, apresentado pelo cientista químico, Marcos Eberlin, ele enfatiza que “o ser humano não é uma ameba evoluída” e diz que “o caos não criou o cosmo”.

Durante uma entrevista com o físico Adauto Lourenço, os dois chegam à conclusão que a teoria do Big Bang é um delírio humano e que “há muita organização para atribuir a um caos”. 

“Nós aprendemos em matemática que ‘existe ordem no caos’, porém, o caos do Big Bang jamais teria produzido a complexidade que existe no Universo. É muita organização para ser atribuída a um sistema tão caótico”, explicou Adauto Lourenço. 

Por que o Big Bang não é mais aceito por alguns cientistas?

“Nós conhecemos as leis da natureza e os processos naturais, e isso jamais teria acontecido”, disse Adauto ao referir-se ao Big Bang. 

“Eu fui adepto do Big Bang por muitos anos e tinha um posicionamento evolucionista-teísta”, assumiu o físico ao comentar que é um tipo de pensamento que “não leva a lugar algum”. 

“O máximo que a explosão poderia ter produzido seria uma nuvem gasosa em expansão — nitrogênio e hélio — e isso jamais poderia ter formado trilhões de estrelas”, lembrou Eberlin. 

Adauto explica em detalhes: “O sol [que é um estrela] apresenta um ciclo específico, passando por épocas de turbulência, com muitas explosões solares e épocas de calmaria. Nós não sabemos quanto tempo de vida a nossa estrela ainda tem, mas ela é fascinante”.

Sobre as explosões, os cientistas explicam que há o “vento solar” que, caso atingisse a Terra, a humanidade seria eliminada. 

“Quando as partículas batem na Terra, temos um campo magnético espetacular que nos protege. O vento solar só tem a possibilidade de entrar pelos pólos norte e sul e, ao entrar em contato com os gases da nossa atmosfera produzem a aurora boreal e a austral”, especificou Adauto. 

Criacionismo de Terra jovem

Ao citar cada detalhe sobre o Sol e a beleza da aurora boreal, passando pelas cores e detalhes de toda Criação, Adauto faz um questionamento: “Qual seria a possibilidade de tudo isso ter acontecido por acaso?”

Na sequência, os dois cientistas assumem a crença na possibilidade de uma Terra jovem, indo na contramão do evolucionismo que afirma que o planeta tem milhões de anos.

“A evidência científica aponta para um Universo jovem. Há muitas nebulosas resultantes de explosões de estrelas e observamos que elas possuem uma quantidade absurda de gases super aquecidos num Universo que tem a temperatura média de 270 graus abaixo de zero”, apontou.

“Por quanto tempo essa temperatura poderia permanecer quente? Não por milhões de anos”, argumentou. Eles ainda acrescentaram a evidência de “tecidos moles em ossos de dinossauros” e “a presença de carbono 14 em diamantes”. 

Poderia existir vida em Marte?

“Só o planeta Terra tem todos os elementos químicos da tabela periódica, os demais planetas não. A Terra é diferente de todo o resto”, disse Adauto ao lembrar que se fossem frutos de uma explosão, todos eles deveriam ser iguais, mas não são. 

“A atmosfera de Marte é totalmente diferente da atmosfera da Terra. Há muito dióxido de carbono por lá”, explicou o cientista ao esclarecer que não adianta levar plantas para lá a fim de que transformem esse dióxido em oxigênio, porque Marte não tem campo magnético. 

“O planeta Marte não consegue proteger elementos vivos da radiação que vem do Sol”, justificou e, mais uma vez, destacou o quanto a Terra é especial. 

“A atmosfera da Terra é transparente e dessa forma podemos ver do lado de fora, o que está acima e abaixo. Nós fomos colocados num lugar privilegiado do Universo. Estamos a uma distância correta do Sol para que possa existir vida aqui”, continuou. 

“Júpiter é praticamente um aspirador do sistema solar e está no local exato para nos proteger. Será que isso é por acaso? Em todos os planetas há pelo menos 2 milhões de variáveis perfeitamente balanceáveis”, disse ao citar um artigo que leu. “Não somos apenas um ‘pontinho azul’ no meio do nada”, destacou. 

Pode haver vida inteligente em outro planeta?

“A Nasa [National Aeronautics and Space Administration — Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço] vive anunciando que encontrou ‘outra Terra’. Você acredita que, um dia, ela poderia encontrar algo parecido com o nosso planeta”, Eberlin questionou.

“Essa é uma pergunta interessante e tenho a impressão de que a resposta seja não. Se houvesse vida inteligente em outro lugar, já teríamos feito essa descoberta. Nunca recebemos nenhum sinal vindo de fora”, Adauto respondeu. 

O físico compartilhou que, no próximo semestre, um telescópio com muito mais capacidade será lançado e haverá muito mais descobertas. “Até aqui, descobrimos que só a Terra consegue sustentar essa biodiversidade que temos”, disse.

“E para sustentar essa variedade incrível de vidas, tudo deve ter sido muito bem planejado. Mas, as pessoas perderam a capacidade de ver o óbvio”, concluiu o cientista físico. 

Assista na íntegra:

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