Mesmo sem provas, os crentes, que são irmãos, foram sentenciados pelo Supremo Tribunal de Lahore.
Os crentes, que são irmãos, estão presos desde 2011. (Foto: Imagem ilustrativa/Unsplash/Harry Shelton). |
Dois cristãos no Paquistão foram condenados à pena de morte pelo Supremo Tribunal de Lahore, após serem acusados sem provas de blasfêmia contra o islã.
De acordo com a International Christian Concern (ICC), os dois crentes, que são irmãos, estão presos desde 2011, por supostamente publicarem conteúdos blasfemos em um site na internet.
Na época, um muçulmano encontrou o blog com blasfêmias e denunciou o material à polícia. Os dados pessoais de um dos irmãos estavam postados no blog, levando as autoridades a suspeitarem dos cristãos.
Os crentes, que não tiveram seus nomes revelados, foram acusados de crime de blasfêmia contra o islamismo e condenados à prisão, em dezembro de 2018.
A sentença de morte foi dada no dia 8 de junho, mesmo sem existir evidências de que os cristãos foram os responsáveis pelo blog.
Segundo os advogados do Centro Europeu de Direito e Justiça, que defendem os irmãos, qualquer pessoa pode criar um site.
O Departamento de Crimes Informáticos afirmou que nenhuma informação foi encontrada sobre o autor do blog.
Em seu testemunho, um dos irmãos disse que acredita que algum de seus amigos muçulmanos são os autores do site. Segundo o crente, pouco antes de ser detido, ele e o irmão discutiram com os islâmicos.
“Esses amigos podem muito bem ter criado o site com as informações de contato dos cristãos como retaliação”, observou o ICC.
Os advogados dos cristãos vão recorrer e levar o caso ao Supremo Tribunal do Paquistão.
A perseguição dos seguidores de Cristo através de leis de blasfêmia no país é comum e está piorando, conforme o International Christian Concern.
O Paquistão é um dos maiores países islâmicos do mundo, com 96% de muçulmanos e apenas 2% de cristãos. A nação faz parte da Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas e está entre os 10 países que mais perseguem e maltratam cristãos no mundo.