Esses militares palestinos optaram por lutar junto com as Forças de Defesa de Israel contra o grupo terrorista, na década de 1990.
O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz. (Foto: Reuven Kapuchinsky / Creative Commons) |
O governo de Israel anunciou neste domingo (26) ajuda financeira de US$ 161.700 para ajudar os veteranos do Exército do Sul do Líbano, a força cristã que lutou ao lado das Forças de Defesa de Israel contra o Hezbollah na década de 1990.
O grupo era formado em 1976 por militares que haviam desertado do exército libanês e mais tarde recebeu apoio de Israel, sobretudo após a invasão do Estado judeu ao Líbano em junho de 1982, como parte da operação "Paz na Galileia" contra facções palestinas da região.
O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, e o ministro das Finanças, Avigdor Lieberman, que disseram em um comunicado conjunto que Israel fornecerá assistência habitacional a cerca de 400 soldados do SLA que vivem atualmente em Israel.
Após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano em 2000, os combatentes do Exército do Sul do Líbano, que temiam represálias, optaram pelo exílio. Muitos se instalaram em Israel, um país que continua em guerra com o Líbano.
Justiça histórica
O IDF disse em comunicado que “esta quantia será concedida a cada um dos veteranos elegíveis entre 2022-2026, de acordo com a classificação a ser determinada por uma equipe interministerial”.
“A doação constitui uma solução para a falta de moradia de cerca de 400 famílias que não foram devidamente acomodadas em sua chegada a Israel”, continuou o comunicado.
Esta ajuda "supõe um [ato de] justiça histórica para com aqueles que lutaram ao nosso lado e foram expulsos [...] de seu país", comentou o ministro Gantz.
As viúvas desses combatentes também poderão ter acesso a essa ajuda "se residirem em Israel", detalhou o exército. Entre 2.400 e 2.700 libaneses, inclusive crianças, continuam vivendo em Israel, segundo seus familiares no Líbano.
“Esta é uma justiça histórica para aqueles que lutaram conosco, ombro a ombro, e que foram arrancados de suas casas e pátrias”, disse Gantz.
“Como alguém que fechou o portão durante a retirada [israelense] [do Líbano] há mais de 20 anos, sinto um grande orgulho e privilégio de poder fechar esse círculo com aqueles que lutaram ao meu lado e se tornaram uma parte inseparável da sociedade israelense.”
Lieberman disse que a decisão mostra o “compromisso ético” de Israel com os combatentes do SLA.
A assistência só será fornecida àqueles que serviram no SLA de acordo com as disposições da Lei do Exército do Sul do Líbano, ou ao cônjuge de um veterano do SLA falecido, desde que residam em Israel, de acordo com o IDF.