O pastor An Yankui e o ministro Zhang Chenghao foram acusados de cruzar a fronteira ilegalmente.
Igreja Gangwashi em Pequim durante o primeiro semestre de 2022. (Foto: Imagem ilustrativa/Gangwashi Church). |
Dois cristãos na China foram condenados à prisão por participarem de uma conferência com Tim Keller, na Malásia, em 2020.
O pastor An Yankui e o ministro Zhang Chenghao, da Igreja Reformada de Zion na cidade de Taiyuan, foram formalmente condenados a um ano de detenção pelo Tribunal da Cidade de Fenyang, no dia 3 de novembro.
De acordo com a Bitter Winter, eles foram acusados de cruzar a fronteira ilegalmente. No país comunista, participar de eventos religiosos no exterior é considerado crime e punido com prisão.
An e Zhang já estavam presos preventivamente desde dezembro de 2021. Em junho deste ano, o caso foi transferido pela Procuradoria para o Tribunal da Cidade de Fenyang, na província de Shanxi.
Como os dois cristãos já passaram 11 meses na prisão, eles poderão ser soltos no final de novembro.
Congregação perseguida
Em julho de 2021, outros cinco cristãos, membros da mesma igreja dos ministros, também foram presos por participarem da conferência “Evangelho e Cultura KL 2020”, organizada pelo pastor chinês indonésio Stephen Tong.
Os cinco crentes viajaram juntos, legalmente com seus passaportes válidos, para a Malásia em 2020, para participar da conferência internacional, entre os dias 28 a 31 de janeiro.
Entre os palestrantes do evento, estavam o famoso teólogo e autor best-seller, Tim Keller e Carson, professor emérito de Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School e co-fundador da The Gospel Coalition.
O grupo foi acusado de cruzar a fronteira ilegalmente e de contrabandear materiais cristãos, por terem trazido da Malásia livros e folhetos evangélicos.
A China ocupa o 17º lugar na Lista Mundial da Perseguição de 2022, conforme a Portas Abertas.
Vale lembrar que, no dia 1º de janeiro deste ano, entrou em vigor o novo “Regulamento sobre a Construção de Segurança Pública”, em Xinjiang. Este é um alerta de que, por pior que seja a situação, ela ainda pode piorar.