Cristão perseguido revela como é viver longe dos filhos na Colômbia
Pai e filha vivem separados, mas acreditam que tudo faz parte de um propósito perfeito de Deus |
A distância não é um problema apenas para as crianças e adolescentes que vivem no Abrigo Lar Cristão, mas também é um desafio para os pais e cristãos perseguidos na Colômbia. No entanto, é a única alternativa de oferecer proteção, cuidado físico e emocional, além de educação formal e cristã para os filhos.
Francisco Cuellazos, a esposa e os três filhos vivem sob ameaças de criminosos e líderes indígenas no departamento de Cauca. O cristão luta para sustentar a família com o cultivo de café, banana e mandioca e serve como músico e tesoureiro na igreja local.
O seguidor de Jesus juntou-se com outros irmãos na fé e criou um conselho indígena cristão, pois o conselho tradicional estava tentando fechar as igrejas e impunha o ensino de ritos da religião tradicional no programa escolar.
Entrega total
O resultado foi que passaram a ser vistos como concorrência de poder e os filhos de Francisco foram proibidos de ir à escola e ter acesso aos serviços de saúde na região onde vivem. Além disso, a família toda foi ameaçada por grupos armados locais. A única saída foi enviar a filha Valentina para o Abrigo Lar Cristão, apoiado pela Portas Abertas.
“Ficamos tristes por mandar nossa filha para tão longe que não podíamos vê-la, mas felizes ao mesmo tempo por saber que ela não estaria mais em perigo”, explica Francisco. Mais tarde, o cristão enviou também o filho Elver para estudar, brincar, aprender sobre Jesus, receber cuidado médico e viver em segurança no Abrigo.
Francisco e a esposa ficaram com a filha Mírian e continuam a propagar o amor de Deus por onde vão, mas sabem que os riscos de serem agredidos, sequestrados e até mortos ainda é grande. No entanto, o coração dos pais está em paz, sabendo que tomaram a melhor decisão. “Eles são preparados não apenas academicamente, mas também biblicamente. Então eles estão se aproximando de Deus e isso é ótimo para eles e para nós. Mesmo que morramos, eles permanecerão pregando a palavra de Deus e se tornarão novos líderes”, conclui Francisco.