Ex-cantora do Pussycat Dolls se arrepende de 3 abortos: “Crianças são bençãos de Deus”

Kaya Jones fala pela primeira vez sobre aborto e conscientiza jovens a escolherem pela vida.

Kaya Jones em um evento estudantil na Flórida. (Foto: Gage Skidmore/ Wikimedia Commons)

Kaya Jones ex-integrante da banda feminina dos anos 2000, The Pussycat Dolls, relatou pela primeira vez, o arrependimento que sente após realizar três abortos. 

A ex-vocalista deu detalhes dos procedimentos dolorosos que enfrentou e encorajou outras mulheres a considerarem o quão "prejudicial" o aborto pode ser. A entrevista foi ao ar no podcast americano Students for Life of America, no último dia 4 de janeiro.

Jones realizou o primeiro aborto aos 16 anos, antes de ingressar no grupo musical pop e engravidou mesmo fazendo uso de pílulas anticoncepcionais. 

Ela relata que era muito jovem e não recebeu orientações, pois não compartilhou o ocorrido com a família e pessoas próximas. 

"Eu não senti que isso foi assassinato”, explicou ela. 

O segundo aborto ocorreu depois de se juntar às Pussycat Dolls, de acordo com Jones, disseram-na para “se livrar disso”, referindo-se ao feto.

“Eu já havia feito um aborto anteriormente, não achei que fosse grande coisa", acrescenteou ela.

Jones passou por uma hemorragia, estresse, complicações e ficou muito doente. Ela relata na entrevista que foi estuprada aos 30 anos e, mesmo insistindo para ficar com o bebê, acabou optando por mais um aborto. 

"Quando você tem um, você acha que pode continuar tendo; você não acha que é grande coisa", reiterou ela.

A transformação de Kaya Jones

A ex-vocalista pop escreveu um post no Twitter em 2019 onde manifestou os primeiros sinais de seu relacionamento com Jesus: "O Espírito Santo colocou em meu coração naquele dia para falar sobre este assunto”.  

No post ela concluiu que o aborto é tão prejudicial para os homens quanto para mulheres, pois o homem também lida com os danos causados por um aborto, que em maioria, são pagos e obrigados por eles. 

Jones teve seu batismo televisionado em maio de 2021 e desde então, lamenta não ter tido os filhos e se arrepende dos abortos que realizou. 

Atualmente com 38 anos, ela ressalta a importância de falar sobre o aborto para conscientizar jovens à luz da verdade na palavra de Deus. Muitas mulheres, após realizarem o aborto, têm de lidar com traumas e frustrações, que vão acompanhá-las por toda a vida. 

O sentimento de arrependimento pelos filhos que não tiveram pode acompanhá-las mesmo que já estejam em um casamento feliz, mesmo que se tornem mães e a vida esteja indo bem.

Manter a saúde emocional, mental e espiritual estáveis após esses processos é algo duradouro e contínuo, que segundo Jones,  só é possível através da oração de entrega e vida com Deus. 

"Nada pode fazer isso desaparecer, exceto o próprio Deus, quando você o coloca aos pés dele e pede a salvação nessas questões", afirmou Jones

"Quero ajudar as mulheres a não cometerem os mesmos erros que eu. É hora de mudar. É uma vida. Sou uma das muitas mulheres que sentem vergonha de falar sobre esse assunto publicamente, mas acredito que é hora de falar mais sobre isso, [caso contrário] as mulheres jovens não saberão a realidade dos danos causados pelo aborto. Devemos expor a verdade. É hora", acrescentou ela.

No final da entrevista, Jones compartilhou sua crença de que "as crianças são uma bênção de Deus" e seu desejo de ser esposa e mãe.

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