Evangelista é preso durante culto ao ar livre no Sudão

Yousif Ayoub Hussein Ali foi detido após muçulmanos temerem que sua pregação convertesse seus filhos.

Yousif Ayoub Hussein Ali foi detido durante um culto ao ar livre. (Foto: Imagem ilustrativa/UNDP South Sudan/Brian Sokol).

Um evangelista no Sudão foi preso durante um culto ao ar livre na última sexta-feira (17).

De acordo com o Morning Star News, Yousif Ayoub Hussein Ali, que lidera uma igreja local, foi detido pelas autoridades na cidade de Ad-Damazin, no estado de Nilo Azul, por pregar a muçulmanos.

Yousif foi acusado de incitar a intolerância religiosa e compartilhar o Evangelho com islâmicos, embora a pregação não seja crime no país. 

Segundo uma fonte local, que não tem a identidade revelado por razões de segurança, muçulmanos da região ficaram com medo que a pregação do evangelista convertesse seus filhos.

A União Geral da Juventude Cristã do Sudão condenou a prisão injusta de Yousif, lembrando que é uma violação dos direitos religiosos, e pediu a libertação imediata do líder.

“Condenamos esse comportamento antiético que não está de acordo com os tratados internacionais”, afirmou o grupo.

Perseguição no Sudão

Os cristãos no Sudão, principalmente em Darfur, sofrem cada vez mais perseguição de muçulmanos.

No início de fevereiro, outro evangelista precisou se esconder, ao ser alvo de tentativas de ataques extremistas de familiares islâmicos, no estado de North Darfur.

Ahmad Adam Mohamad, de 49 anos, está pedindo ajuda para fugir para um local seguro e se proteger da perseguição.

No mês passado, um pastor e outros três cristãos foram mortos a tiros por extremistas islâmicos, em um ataque a um hotel onde estavam hospedados, em Kadugli, no estado de Kordofan do Sul.

Após dois anos de avanços na liberdade religiosa no Sudão com o fim da ditadura islâmica em 2019, autoridades voltaram a perseguir os cristãos desde o golpe militar de 2021. 

Líderes cristãos em risco

Segundo a Christian Solidarity Worldwide (CSW), autoridades ameaçaram os líderes da igreja que vivem em campos de deslocados internos, afirmando que seriam acusados ​​de apostasia se continuassem a se reunir para orar.

“Quando os líderes protestaram, citando as mudanças legais feitas no governo de transição, eles foram informados de que o golpe havia mudado a situação legal”, disse a CSW.

Antes e depois do golpe militar do ano passado, os seguidores de Jesus continuaram sendo perseguidos. O Sudão permaneceu em 10º lugar na Lista da Perseguição 2023 da Missão Portas Abertas, de países mais difíceis para ser um cristão.

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