“A natureza é uma carta de amor de Deus”, diz astrônomo premiado

O cientista disse que fica admirado com a Criação de Deus, tanto no Universo quanto na Terra: “Acho lindo fazer parte disso”.

Heino Falcke, astrônomo e professor. (Foto: Captura de tela/Vídeo European Southern Observatory)

O astrônomo alemão Heino Falcke, de 56 anos, é um professor respeitado no meio científico, que costuma observar o universo. Ele chegou a fotografar um buraco negro.

Falcke é o primeiro cientista que, junto com uma equipe internacional, conseguiu capturar a imagem de uma área  onde a gravidade é tão forte que nada consegue escapar dela.

Para compartilhar sobre suas descobertas, às vezes, ele prega na Igreja Evangélica Unierte (Luterana e Reformada), em Frechen, uma cidade da Alemanha.

Recentemente, ele afirmou que se emociona com a Criação de Deus observável no Universo, mas que a natureza na Terra também mexe muito com ele: “O que experimentei recentemente, na floresta, me encheu de alegria e louvor ao Criador”, admitiu. 

‘Quem criou tudo isso?’

O cientista disse que, olhando para o Universo, ele é dominado pela sensação de que existe uma realidade muito maior ‘abaixo, ao lado e acima da Criação’ do que a ciência pode conhecer.

Essa convicção, segundo ele, o enche de admiração e humildade, mas, acima de tudo, o faz sentir gratidão. “Acho lindo poder fazer parte da criação e ver tudo isso”, disse. 

Ele ainda comentou que o céu estrelado também o faz se sentir conectado. Ao citar Isaías 40.26, o cientista comenta que o profeta viu exatamente o mesmo céu estrelado que vemos hoje.

“Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer!”

“Quando olhamos para cima, Ele ainda quer nos dizer algo. Quando você sabe quem é o Criador de tudo isso e que Ele cuida de nós humanos, você começa a ver a natureza cada vez mais como uma carta de amor escrita por Deus”, comparou.

‘A Ciência não é onisciente’

“O universo também mostra traços que contam algo sobre seu Criador”, diz Falcke ao mencionar que é possível constatarmos a confiabilidade de Deus em tudo por causa das leis naturais que sempre seguem o mesmo curso.

No entanto, o Universo também atesta a liberdade e a criatividade de Deus: “Apesar dessas leis naturais, também acontecem coisas difíceis de prever. Pense nos impactos de meteoritos, por exemplo”. 

Segundo o cientista, os buracos negros também podem nos ensinar algo sobre Deus. “Não sabemos o que se passa neles e provavelmente nunca descobriremos. Isso mostra que há limites fundamentais para o nosso conhecimento. A onisciência, uma propriedade que Deus possui, não é possível na ciência”, afirmou.

‘Deus é Soberano’

Enquanto os astrônomos, cada vez mais, tentam ultrapassar os limites daquilo que é possível ser conhecido, Falcke disse que não descarta a possibilidade de haver vida no Universo. 

Ele citou, por exemplo, organismos unicelulares em Marte ou na água sob a superfície da lua de um planeta. 

“Isso poderia muito bem ser o caso, aqui na Terra, pois estamos encontrando vida cada vez mais, apesar das condições extremas”, comentou. 

E se, por acaso, existisse vida inteligente em outro lugar do Universo, Falcke disse que isso jamais mudaria a sua fé e que apenas o faria reconhecer que Deus é soberano e faz tudo como Ele mesmo determina. 

“Os teólogos medievais já sustentavam o princípio de que Deus não deveria ser limitado em Sua onipotência determinando o que deveria ou não ser autorizado a criar. Portanto, a vida inteligente em outro planeta não me surpreenderia”, destacou. 

‘A vida espiritual sempre floresce’

Recentemente, o cientista disse que foi para uma floresta com alguns membros de sua igreja. “Primeiro lemos um texto bíblico, depois todos saíram individualmente para meditar no texto naquela floresta”, compartilhou. 

“Foi no meio do inverno, as árvores nuas pareciam mortas. O pôr do sol deu ao céu um brilho vermelho ardente e isso me fez lembrar do chamado de Moisés. Deus falou com ele através de uma sarça ardente que não queimava a árvore”, refletiu. 

“Da mesma forma, as árvores da floresta não pareciam se importar quando um vento forte passava por elas. Em vez disso, elas dançavam”, observou.

E o cientista concluiu sua reflexão dizendo que, embora a floresta pareça estar morta no inverno, ela florescerá novamente na primavera e essa é uma meditação sobre uma nova vida espiritual.

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