Ex-acrobata muçulmano agora vive para pregar a Palavra de Deus.
À esquerda, Solomon e artistas de circo em apresentação. À direita, ele pregando o Evangelho. (Foto: Reprodução/God Reports) |
Solomon Kuria foi criado como um muçulmano em Tanga, uma pequena vila na Tanzânia. Cresceu estudando em uma escola islâmica para aprender árabe e ler o Alcorão. Depois de descobrir seu talento para o circo e se envolver com bebidas alcoólicas, ele recebeu o convite que mudou sua vida.
No período em que a China e a Tanzânia firmaram alianças socialistas, a China recrutou e treinou tanzanianos dispostos a aprenderem a arte chinesa de performance acrobática em um programa de 5 anos no país.
Solomon e seus amigos foram treinados por um homem que havia participado desse programa e estava em sua cidade para promover cultura e arte.
“Os turistas eram raros na Tanzânia”, disse ele.
Mas um turista suíço viu Solomon e seus amigos se apresentarem e pediu um vídeo de suas acrobacias. Ele levou o vídeo para a Suíça e mostrou a algumas pessoas importantes que proporcionaram a ida de Solomon a Europa, onde se apresentou de 1985 a 1994.
O primeiro trabalho com circo foi na América, no Circus Circus de Las Vegas e depois na Disneyland California Adventure em Anaheim.
Convite para a libertação
Solomon não foi à mesquita enquanto esteve nos Estados Unidos, mas se considerava um homem fiel ao Islã. Porém, segundo o islamismo, consumir bedidas alcóolicas é proibido e ele desenvolveu vício em álcool.
“Achei que ainda era uma boa pessoa. Mas eu estava lutando muito com o álcool”, afirmou ele.
Um dia ele saiu para comprar cerveja e foi surpreendido por algumas senhoras que lhe deram um panfleto convidando-o para ir à igreja.
“Era um convite para um show evangelístico no parque com churrasco. Eu olhei para ele e não prestei atenção, só coloquei no meu bolso”, relembrou Solomon.
Em casa, ele bebeu cerveja e dormiu. Quando acordou, sentiu uma urgência em relação ao convite e perguntou se sua namorada gostaria de ir, e ela aceitou.
Segundo o God Reports, assim que chegou ao parque, ouviu o testemunho de um homem contando sobre a experiência de libertação da bebida.
“Eu queria parar de beber, mas não sabia como. Mas naquela noite eu o ouvi falando sobre ser liberto e eu disse: 'Isso é exatamente o que eu quero'. Esta foi a primeira vez que ouvi um cara dizendo que Deus o livrou”, afirmou ele.
Quando perguntaram se havia alguém que gostaria de entregar sua vida a Jesus, Solomon respondeu, porém, sua namorada o repreendeu dizendo: “Você sabe no que está se metendo?”.
“Não sei, mas quero descobrir. A única maneira de eu descobrir era aceitar o que eles estão me oferecendo. Eu dei minha vida a Cristo naquele dia. No dia seguinte, fui à igreja”, declarou ele.
Nova vida
A libertação total do vício levou quase dois anos. Durante esse tempo, Solomon se casou com sua namorada, Enid, e recebeu a cidadania americana.
Em 2003, ele abandonou a carreira no circo e através da ajuda dos irmãos da igreja, conseguiu um emprego em um supermercado, em Anaheim.
Ele e sua esposa têm dois filhos, Karra, 18, e Solomon, 16. Solomon visitou seus parentes na Tanzânia para contar sobre a sua conversão, mas seu testemunho não foi bem recebido.
“Meu irmão mais velho diz que, quando alguém muda de religião para outra, geralmente perde a cabeça”, contou Solomon.
Em 2014, depois de crescer em seu relacionamento com Deus e perseverar na Palavra, Solomon foi ordenado pastor e enviado para lançar uma igreja iniciante em Torrance, perto de Los Angeles, onde permaneceu por quatro anos.
Mas durante a pandemia da Covid 19, seu pastor supervisor, John Zazueta, ficou muito doente por conta do vírus e Solomon precisou voltar para sua igreja em Anaheim e apoiar seus membros.
Hoje, Solomon está trabalhando na igreja de Anaheim para reconstruir a congregação que perdeu muitos membros durante a pandemia. Ele refletiu sobre as mudanças que Deus trouxe para sua vida.
“Para ser honesto, fiquei chocado por ter mudado do Islã para o Cristianismo. Tudo o que eu sabia era sobre o Islã. Eu não sabia nada sobre o cristianismo nem sobre outras religiões”, contou ele.
“Não foi tão difícil. Foi muito fácil”, concluiu.