Hkalam Samson é considerado um homem pacífico e incansável defensor da justiça.
Pastor Hkalam Samson. (Foto: Reprodução/CSW) |
O ex-presidente da Convenção Batista Kachin (KBC), pastor Hkalam Samson, que foi detido no dia 5 de dezembro no Aeroporto Internacional de Mandalay, em Mianmar (antiga Birmânia), foi condenado a 6 anos de prisão.
Entre as acusações do governo estão “associação ilegal, difamação do Estado e terrorismo”. Samson tem erguido sua voz pelos direitos humanos do povo Kachin e agora está na prisão de Myitkyina.
Ele atuou como presidente do KBC de 2018 a 2022 e, anteriormente, por dois mandatos como secretário geral de 2010 a 2018. Samson é um defensor internacionalmente respeitado da liberdade de religião ou crença e dos direitos humanos em Mianmar.
Apelo de oração por Mianmar
Em 2019, o pastor viajou para Washington, EUA, para participar da Conferência Ministerial Internacional de Liberdade Religiosa, onde esteve entre líderes religiosos de todo o mundo que se reuniram com o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca.
Em novembro de 2018, ele visitou Londres junto com outros ativistas religiosos, de direitos humanos e da sociedade civil das nacionalidades étnicas Kachin, Shan e Ta'ang no norte de Mianmar, onde se encontrou com altos funcionários e parlamentares britânicos.
Em abril de 2021, pouco mais de dois meses após o golpe militar em Mianmar que derrubou o governo civil democraticamente eleito de Aung San Suu Kyi, Samson lançou um apelo de oração por Mianmar, junto com o atual secretário-geral do KBC.
‘Ele é um incansável defensor da justiça’
“Esta sentença é uma ultrajante farsa da justiça. Samson é um pastor cristão completamente pacífico e um bravo e incansável defensor da justiça, dos direitos humanos e da paz”, defendeu Benedict Rogers, analista sênior da CSW para o Leste Asiático.
“Ele foi preso simplesmente por falar corajosamente contra as atrocidades bárbaras dos militares de Mianmar perpetradas contra o povo. A comunidade internacional deve se manifestar fortemente para exigir sua libertação imediata da prisão e intensificar os esforços para aplicar sanções específicas contra o regime militar ilegal de Mianmar até que todos os presos políticos sejam libertados”, continuou.
Rogers disse que é muito necessário que os militares cessem todos os ataques nos estados étnicos e que Mianmar seja colocado em um caminho de democracia federal genuína.