Cristão com doença de Parkinson é liberto no Irã

O cristão Homayoun, de 64 anos, teve a saúde deteriorada na prisão

A esposa de Homayoun, Sara, foi liberta no mesmo dia (foto: Article 18)

 O cristão de origem muçulmana, Homayoun Zhaveh, que enfrenta um quadro avançado da doença de Parkinson foi liberto da prisão com sua esposa, Sara Ahmadi, na terça-feira, 9 de maio. Homayoun tem 64 anos e teve a saúde deteriorada enquanto esteve encarcerado na prisão de Evin, em Teerã, capital do Irã. 


Homayoun foi condenado a dois anos de prisão e Sara a oito anos em agosto de 2022 pela participação deles em uma igreja doméstica no Irã. Depois de duas tentativas frustradas, no mês passado, perto da Páscoa, o casal recebeu a oportunidade de um novo julgamento e foi finalmente liberto. No julgamento, o juiz afirmou que reunir pessoas da mesma fé é “natural” e que a posse de literatura cristã, que foi um dos motivos da condenação, “faz parte da prática de fé deles”. 


Julgamento adequado
 


“O relatório dos oficiais do Ministério da Inteligência sobre organização e participação de igrejas domésticas não são considerados como atos contra a segurança nacional e a lei não reconhece essas ações como atividades criminosas”, disse o juiz.
 


Além das evidências insuficientes para incriminá-los, os advogados do casal reforçaram que nas igrejas domésticas, eles apenas “prestavam culto a Deus, seguindo os ensinamentos cristãos, que inclui obediência, submissão e apoio às autoridades”.
 


Mansour Borji, diretor da organização de defesa de cristãos iranianos, Article 18, afirmou: “O veredito confirma a 
arbitrariedade na condenação de inúmeros cristãos. Há décadas, a Inteligência Iraniana, junto à República Islâmica, ignoram a lei e abusam do poder para criminalizar atividades pacíficas e constitucionais. Infelizmente, a injustiça de muitos vereditos permanece irrefutada”. 


“Alegramo-nos com a decisão da corte de libertar Homayoun e Sara e somos gratos pelas orações da família e de cristãos do mundo todo por esse julgamento. Mas 
ninguém deveria ser submetido à tortura pela qual o casal passou e ainda há muitos cristãos presos que continuam esperando por um julgamento adequado”, conclui Mansour.   


Apoie cristãos presos  


Há cristãos presos em diversos países, como o Irã, condenados apenas por seguirem a Jesus. Sua 
doação permite que eles recebam alimentos, remédios, advocacy e outros itens de necessidade básica de que precisam.


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