A evangelista foi atacada por um grupo islâmico e presa injustamente por policiais.
Evangelista Hatun Tash. (Foto: Reprodução/YouTube/Kay SOCO Films) |
O britânico Edward Little, de 21 anos, admitiu que planejou o assassinato de uma cristã baseado em um ataque terrorista islâmico.
Edward, de Brighton, Inglaterra, se declarou culpado na última sexta-feira (19) e confirmou ter planejado executar seu plano no dia 21 de julho de 2021, contra a evangelista Hatun Tash.
O local escolhido por ele foi o Speakers' Corner no Hyde Park, em Londres, uma região histórica para realização de discursos públicos e debates desde meados de 1800.
A evangelista foi agredida, assediada e esfaqueada por um grupo de homens islâmicos por usar uma camiseta de uma revista francesa, que foi alvo de um ataque extremista em 2015, quando publicaram um cartoon sobre Maomé.
De acordo com o Centro Jurídico Cristão (CLC - sigla em inglês), que representa Tash, a agressão ocorreu na frente da polícia enquanto ela participava de debates semanais no Speakers' Corner.
Os policiais pediram ao grupo que se retirassem, mas eles se recusaram e continuaram a intimidar Tash. Então as autoridades ordenaram que a evangelista saísse e, quando ela se recusou, eles a prenderam.
Segundo o CLC, antes do ataque, o grupo islâmico foi visto participando de um contra-protesto pró-palestino no qual estavam pedindo "sangue judeu".
Falha na segurança pública
Andy O'Donnell, inspetor da Unidade de Ações Civis da Diretoria de Padrões Profissionais da Polícia Metropolitana, enviou a Tash uma carta pedindo desculpas formalmente pela ação dos militares no ocorrido, depois dela ter recebido uma indenização de 10.000 libras.
"Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para me desculpar pela angústia que você sofreu como consequência desses incidentes. Espero que o acordo desta reclamação e este reconhecimento pelo impacto que aconteceu permita que você deixe esses incidentes para trás", escreveu O'Donnell.
A polícia prendeu Edward em setembro do ano passado. Depois de negar as acusações no início deste ano, Edward admitiu a acusação e se declarou culpado através de um link de vídeo na prisão.
Em outubro de 2022, a polícia se retratou depois que Tash foi detida por encorajar militares a não impedir o direito de outro pregador à liberdade de expressão. Ela afirmou que o departamento “caiu abaixo dos padrões” após ter sido presa injustamente duas vezes.
Tash é diretora do ministério “Defend Christ Critique Islam” – “Defenda Cristo Critique o Islã” – (DCCI) e comemorou a notícia da prisão de Edward.
“Estou feliz que a polícia tenha agido e parado o Sr. Little antes que ele me machucasse e às pessoas ao meu redor”, disse ela em um comunicado.
A evangelista também disse que sua história “deve preocupar a todos no Reino Unido”.
"Esta história mostra que o ensino do Islã não é compatível com os valores britânicos pois inspira homens a tentar assassinar evangelistas cristãos", declarou Tash.
E concluiu: "Eu deveria ser capaz de praticar meu direito de pregar o Evangelho e criticar o Islã, ou qualquer outra coisa com a qual eu discorde, especialmente no Speakers' Corner, o lar da liberdade de expressão".