A cantora disse que se sentiu mais próxima de Deus depois dessa experiência.
Léa Mendonça. (Foto Montagem: Captura de tela/Assessoria de Imprensa Léa Mendonça/Rakel Andrade) |
A cantora Léa Mendonça disse que é muito bom falar de suas experiências com Deus. Durante um evento para mulheres em Águas de Lindóia, organizado pela IBC (Igreja Batista Central em Santo André), ela falou sobre sua luta contra um câncer diagnosticado em outubro de 2021.
“Descobri que eu estava com um tumor de 5 centímetros, precisei retirar uma parte do meu intestino e fui submetida a um tratamento quimioterápico por 4 meses. Vivi momentos muito difíceis”, disse em entrevista exclusiva ao Guiame, que esteve presente no evento.
“Eu nunca pensei em morte ou fim de carreira, mas eu fiquei um pouco tensa porque a palavra ‘câncer’ assusta qualquer pessoa, mesmo confiando muito em Deus”, continuou a pastora da Igreja Batista em Nova Jerusalém, na Ilha do Governador (RJ).
Por que nos assustamos com as doenças?
Léa explica que receber um diagnóstico de câncer nos faz refletir sobre o tempo de vida que temos: “No fundo você não sabe se chegou a hora de partir ou se Deus dará mais tempo para viver”.
“A morte é preciosa para Deus, mas para nós é assustadora. Mesmo assim, mantive minha paz e minha tranquilidade, não fiquei desesperada. Eu só pedi a graça de Deus para me dar forças”, disse.
Ao revelar que teve muitas reações negativas durante a quimioterapia, a cantora lembra que, um dia, um médico cristão entrou em seu quarto num momento de muito choro.
“Ele disse assim: Vamos parar de chorar! O médico lembrou que eu estancava as dores das pessoas com as minhas canções. Foi como se ele dissesse que eu sou muito forte e não posso chorar”, relatou.
‘Me deixe chorar’
Ao ser alertada pelo médico sobre sua força, Léa respondeu: “Eu sei que isso não é verdade. Não existe super homem ou mulher maravilha na presença de Deus. Todos nós somos dependentes e carentes da misericórdia Dele”.
“Nós somos fortalecidos em nossa fraqueza pela força do Senhor. Eu disse ao médico: ‘Ah, doutor, me deixe chorar’. Quando saí do hospital e voltei para casa, a primeira coisa que fiz foi transformar essas palavras em canção”, contou.
“Eu sou filha de Deus, eu posso chorar também. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Vai ficar tudo bem”, lembrou do refrão e disse que “não podemos ter medo de mostrar a nossa fragilidade”.
‘A doença só me aproximou mais de Deus’
Léa reforçou que “a nossa força vem do Senhor e que as experiências vividas precisam servir de alavancas para a fé de outras pessoas.
“Cada um reage de uma maneira ao sofrimento, eu faço músicas”, disse sobre a nova canção e sobre o quanto a doença a aproximou ainda mais de Deus.
“Até agosto de 2022, a minha vida girou em torno da cura dessa doença. Quando levei novamente os exames ao médico ele disse que não havia mais nenhuma célula cancerígena em meu corpo. Eu tenho certeza que o Deus que eu sirvo já me curou. Estou consciente e certa da minha vitória”, concluiu.