A pressão extrema do Talibã tornou o cristianismo uma religião clandestina
A maioria dos cristãos afegãos deixou o país |
O Afeganistão fica no Centro do Oriente Médio. A nação ocupa a 9a posição na Lista Mundial da Perseguição 2023, sendo a opressão islâmica o principal tipo de perseguição aos cristãos locais.
Em 1996, o grupo extremista islâmico Talibã, dominou o Afeganistão pela primeira vez. Ele ficou no poder durante cinco anos, mas foi afastado do país pelos Estados Unidos em 2001.
Retomada do Talibã
Há dois anos, com a retirada do exército norte-americano, o Talibã voltou ao poder. Os cristãos locais fugiram, e tornaram-se refugiados em países vizinhos, vivendo condições sub-humanas em acampamentos para refugiados, ou foram obrigados a viver a fé em completo segredo e sozinhos.
A maioria dos cristãos afegãos são convertidos do islamismo, ou seja, deixaram o islã para seguir a Jesus. Essa decisão já costuma ser mal vista em países de maioria islâmica, mas, com o retorno dos extremistas, a pressão se tornou extrema. Em muitos casos, a própria família dos cristãos os assassinam para “limpar a honra da família muçulmana”.
O grupo extremista prometeu respeitar alguns direitos humanos para retomar as relações internacionais. No entanto, na prática, a minoria cristã que resta no país enfrenta perseguição tão grande que, em 2022, o país foi considerado o país mais perigoso para os cristãos.
A diminuição na pontuação do país na pesquisa atual, principalmente de violência, não significa que a situação para os cristãos melhorou, mas que o cristianismo continua completamente clandestino e os cristãos, secretos.