Cristãos são discriminados pelas autoridades sudanesas
Há mais de um mês, o país enfrenta uma grave crise política |
A perseguição aos cristãos permanece extrema no Sudão, o 10? país da Lista Mundial da Perseguição 2023. A hostilidade aos cristãos persiste desde o século 19, quando o islamismo cresceu no país. Mesmo nos arredores da capital, os cristãos estão vulneráveis a ataques da comunidade e da própria família.
Desde que o país se tornou independente da Grã-Bretanha, em 1956, o Sudão sofreu conflitos violentos recorrentes e durante 30 anos esteve sob a ditadura islâmica de Omar al-Bashir, quando a sharia (conjunto de leis islâmicas) foi imposta.
Apenas em 2019, o regime de al-Bashir foi derrubado e foi sucedido por uma onda de violência, protestos e crises sociopolíticas. No ano seguinte, algumas decisões sugeriam avanços na defesa dos direitos humanos, como o fim da pena de morte por apostasia ao islã.
No entanto, desde o dia 15 de maio, uma nova instabilidade sociopolítica, com protestos e conflitos armados entre o exército e grupos paramilitares, ameaça os direitos humanos recém-conquistados. No embate, igrejas foram atacadas e milhares de cristãos perderam as casas e se tornaram deslocados internos.