Por que Deus não responde? “Muitas de nossas orações são egoístas”, explica pastor

Usando a história de Ana, mãe do profeta Samuel, Joel Engel ensina que é preciso alinhar os pensamentos, palavras e ações.

(Foto: Unsplash/Naassom Azevedo)

O que verdadeiramente toca o coração de Deus? Em um culto na terça-feira (9), o pastor Joel Engel usou a história bíblica de Ana, mãe do profeta Samuel, para responder.

“Ana ofertou ao Senhor um filho que não havia nem sido concebido. Essa atitude dela abriu os céus”, disse o fundador do Ministério Engel.

A Bíblia relata que Ana era uma das esposas de Elcana, um homem importante de sua época. Ana era muito amada por seu marido, mas era estéril, enquanto a outra esposa, Penina, tinha filhos.

“Naquele tempo, quando a mulher não podia ter filhos, ela era desonrada. Então o marido podia casar com outra e a mulher que tinha mais filhos, era mais honrada”, explica Engel.

Todos os anos, o marido de Ana levava sua família para Siló, onde ficava localizado o Tabernáculo do Senhor desde os dias de Josué. Isso significa que, provavelmente, Ana pedia a mesma coisa a Deus anualmente, mas sua oração ainda não tinha sido atendida.

“Ela se queixava muito e nunca recebia a resposta de sua oração. Até que certo dia, seu pensamento, fala e ação estavam alinhados e ela fez um voto de primícia”, observou Engel.

A oração que toca o coração de Deus

Em uma das idas a Siló, Ana foi até a porta do Tabernáculo e, “com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor” (1 Sm 1:10). Ana fez então um voto com Deus: se Ele a abençoasse, seu filho seria dedicado ao Senhor” por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca seriam cortados” (1 Sm 1:11).

“Essa atitude de Ana abriu os céus”, destaca o pastor. “Todos os anos, ela ia até Deus apenas para pedir. Dessa vez ela não só pediu, mas ofereceu algo a Deus. Ana ofertou seu primeiro filho antes mesmo de ser concebido. Essa atitude despertou o céu e Deus decidiu enviar um bebê que seria um futuro profeta.”

Engel lembra que é preciso se achegar a Deus com gratidão e fé em nossas petições: “Cada vez que Deus nos dá algo, precisamos voltar para agradecer. E muitas vezes, ainda antes de Ele te dar, você pode fazer um voto.”

E esclarece: “Um voto é como cheque pré-datado. É prometer algo que você ainda não tem, algo que você ainda vai receber e está na expectativa.”

Deus conhece a intenção do coração

“O pensamento de Ana precisava estar alinhado com a intenção”, ensina o pastor Joel Engel. “Porque toda vez que ela fazia seus pedidos a Deus, a intenção dela era concorrer com Penina. Sua intenção era ter um filho para tirar a sua vergonha. Sua intenção antes daquele dia não era das melhores.” 

“E a intenção que Deus atende tem que ser a melhor intenção, e a intenção deve ser de dar glória para Deus. Muitas de nossas orações são egoístas. Por isso é que quando Jesus ensina o Pai Nosso, Ele coloca em primeiro lugar o Reino dos Céus”, acrescenta.

Por isso, Engel ensina que o pensamento deve estar alinhado com a intenção do coração, e a palavra dita pela boca deve estar alinhada com a Palavra de Deus. 

“Muitos vão à igreja e começam a se queixar. A queixa não é a palavra correta para você tocar o coração de Deus. A palavra deve ser uma palavra de fé. Por isso é importante estudar e conhecer a Bíblia”, alerta.

Deus se move por ações que O agradem

Indo mais a fundo, Engel orienta que é preciso alinhar não só nossos pensamentos e falas, mas também as nossas ações.

“Como era o ato de oferta no Antigo Testamento? Por ação, fala e pensamento. Na ação, a pessoa trazia para Deus um animal. Em sua fala, ela pedia o perdão de seus pecados ou fazia um voto”, exemplificou.

“A ação dava início a todo o processo de entrar com a petição no Reino dos Céus. Naquele dia, Ana não apresentou a Deus um animalzinho, mas seu próprio filho, que ainda não havia sido gerado. E Deus se agradou”, continuou o pastor.

Por fim, Engel lembra que as ações de Ana não passaram despercebidas pelos céus: “Quando ação, fala e pensamentos estão alinhados, Deus toca no sacerdote para abençoar aquela mulher. E dentro de um ano, ela estava com seus filhos nos braços.”

Veja a pregação completa:

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