Líder militar se declara novo presidente do Níger

Abdourahmane liderava a guarda presidencial antes do golpe de Estado

A instabilidade aumentou o número de ataques extremistas e de deslocados internos

Na última sexta-feira, 28 de julho, o general Abdourahmane Tchianithe, líder da guarda presidencial do Níger, se autodeclarou o novo presidente do país, que ocupa o ocupa o 28° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023. 


Os 
soldados tomaram o controle do país em um golpe na última semana, em 26 de julho, quando derrubaram o presidente Mohamed Bazoum. Os últimos relatos indicam que ele está saudável, apesar de continuar refém dos soldados. Mohamed estava no governo há dois anos e é conhecido pelos avanços na democracia e na segurança nacional. 


Quem é o novo presidente?
 


Pouco se sabe sobre Abdourahmane Tchianithe, o novo e autoproclamado presidente, pois ele não era o primeiro nome escolhido. O exército planejava indicar Omar Tchiani, com o objetivo de estabelecer alianças com outros líderes africanos, pois o militar tem uma longa carreira e contatos relevantes. 
 


No entanto, na sexta-feira, Tchiani disse em uma entrevista na televisão estatal que precisou mudar de plano para evitar “o crescente e inevitável fracasso”, por isso, Abdourahmane aproveitou a oportunidade e assumiu o posto com o apoio da guarda presidencial que comandava.
 


Reação internacional
 


Por causa do golpe, a União Europeia suspendeu o apoio financeiro e a cooperação que tinha em prol da segurança no Níger. John Kirby, um representante norte-americano, afirmou que os Estados Unidos devem fazer o mesmo e que estava “profundamente preocupado” com o Níger.
 


Ilia Djadi, um advogado nigerino que atua como ativista de justiça social, alerta que o evento marca “uma nova era de incertezas e crescimento dos grupos radicais. O Níger era um lugar seguro, um local de paz em 
uma região muito instável”. 


O advogado acrescenta que “milhares de refugiados iam para o Níger em busca de abrigo e de um lugar seguro. Agora, o país faz parte dos países controlados por militares. É um efeito dominó, 
MaliBurkina FasoChade e agora o Níger”.  


Cristãos ameaçados
 


“A instabilidade favorece os grupos extremistas. Eles tirarão proveito ao máximo da crise política”, pois assim conseguem conquistar mais territórios negligenciados pelo governo em crise. Organizações internacionais estão discutindo formas de intervir. 
 


O golpe também despertou movimentos anti-Ocidente, que tentam afastar tudo que é considerado influência do Ocidente. Parceiros locais da Portas Abertas compartilham o quão preocupante isso é para os cristãos locais, já que o cristianismo é considerado uma religião ocidental.
 


“Quando há manifestações contra o Ocidente, eles atacam os cristãos como forma de protesto. Nós precisamos muito da ajuda de vocês em oração porque os cristãos são a minoria em nossa comunidade”, afirmam parceiros locais. 
 

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