O governo chinês quer impedir a entrada de refugiados norte-coreanos

As áreas próximas ao Rio Tumen são as mais vigiadas

Câmeras de segurança, torres de vigilância e outras infraestruturas de monitoramento foram instaladas recentemente como parte de uma série de medidas de segurança na fronteira entre China e Coreia do Norte. As câmeras foram instaladas a aproximadamente 300 metros de áreas suspeitas e fazem até mesmo reconhecimento facial.  

 

As ações têm como objetivo impedir norte-coreanos de fugir para a China. Essa tendência tem crescido nos últimos anos devido à crise de alimentos - 12 milhões de norte-coreanos estão desnutridos, segundo dados recentes da ONU - e a opressão do governo autoritário na Coreia do Norte.  

 

Fuga impossível 

 

As pesadas medidas de segurança foram espalhadas por toda a Costa Leste da China – a região que faz fronteira com a Coreia do Norte – e geram mais um desafio para a igreja secreta norte-coreana. “Percebemos o impacto. Em pouco menos de um ano, se tornou muito mais difícil viajar para a China, e muito mais caro, também. A única opção é pagar um preço altíssimo para traficantes de pessoas, que não são confiáveis. É muito perigoso”, conta um contato local.  

 

As fortificações isolaram ainda mais a Coreia do Norte, como uma verdadeira cortina ferro, o que dificulta ainda mais o trabalho de organizações na região, incluindo de nossos parceiros, que trabalham na China acolhendo refugiados norte-coreanos.  

 

A cidade mais vigiada 

A cidade de Hunchun, às margens do rio Tumen, foi a mais atingida com os equipamentos de vigilância. A região era um dos principais caminhos que fugitivos norte-coreanos usavam para chegar à China porque é um trecho do rio estreito e mais seguro para travessia. 

 

“Pedimos aos parceiros que façam a mesma oração que o Irmão André fazia quando atravessava a Cortina de Ferro na Europa Oriental para levar Bíblias para cristãos perseguidos. Ore para que os guardas não nos vejam e não impeçam o nosso trabalho. Precisamos do mesmo milagre que o Irmão André vivenciou. Confiamos que Deus ouve as orações. Peça a Deus que ajude os cristãos norte-coreanos nos nossos abrigos a permanecerem escondidos dos vigias”, pede um parceiro local da Portas Abertas na China.