Pastor é condenado a cinco anos de prisão na China

O julgamento foi mantido em segredo pela Corte chinesa por meses

Outros cristãos que haviam sido presos com o pastor foram libertos (foto representativa)

Há quase um ano, a igreja Lampstand Church, na capital da China, Pequim, é investigada. Tudo porque a igreja imprimiu alguns materiais teológicos e hinos para uso nos cultos. Isso despertou a atenção da polícia chinesa, pois esse tipo de impressão é considerado “operação ilegal". 


Além das impressões, em julho do ano passado, o pastor Qin Sifeng e outro cristão da igreja foram 
detidos por pregarem o evangelho na província de Yunan. Esses fatores combinados resultaram no processo que condenou o pastor a cinco anos e meio de prisão por “operações ilegais".  


Por causa do evangelho, outros membros da igreja também foram 
tratados como criminosos. Eles auxiliavam o pastor e a igreja, por isso, foram presos entre o final de 2022 e o início de 2023, com sentenças entre 18 meses e três anos e meio de prisão. 


Julgamentos secretos
 


Apesar de o julgamento ter acontecido em abril, o veredito com a prisão do pastor Qin só foi decretado em junho e se tornou público há pouco tempo. As cortes chinesas procuram manter os julgamentos em segredo ou tornam os vereditos públicos muito tempo depois de decretados para evitar a exposição das 
violações de liberdade religiosa. 


Testemunhas relataram que durante o julgamento, o pastor e os outros cristãos foram levados ao tribunal 
algemados e vigiados como se fossem criminosos perigosos. O advogado de defesa alegou a inocência do pastor e dos cristãos. Apesar disso, as autoridades locais determinaram o veredito, aprovado pelos oficiais superiores, de cinco anos de prisão para o pastor. 


Mas o pastor Qin Sifeng não se deu por vencido. Ele enxerga esse período na prisão como uma oportunidade para pregar o evangelho. Muitos pastores e cristãos chineses fizeram isso enquanto estiveram presos. Alguns conseguem alcançar muitas vidas, enquanto outros são silenciados pelos policiais. 
 


O pastor continua preso e não há novidades sobre a possibilidade de um novo julgamento ou de retirada das acusações. Os outros cristãos que estavam presos com ele foram libertos e estão com suas famílias.
 

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