Eliane Lunardeli contou seu testemunho após superar um câncer de mama.
Eliane Lunardeli: ‘O apoio da minha igreja foi fundamental’. (Foto representativa: Unsplash/Priscilla Du Preez) |
O testemunho de Eliane Lunardeli envolve uma série de pessoas que participaram ao seu lado, de um dos momentos mais difíceis de sua vida: o enfrentamento de um câncer de mama.
Ela chama esse grupo, formado por familiares e irmãos da igreja, de “exército de valentes de Deus”.
Eliane contou que com o apoio do marido, dos dois filhos e irmãos da igreja, conseguiu superar os momentos de angústia durante as fases críticas da doença.
Membro da Igreja Metodista, Eliane relatou que estava envolvida em diversas ações ministeriais, mas viu que ela era como aquela figueira que Jesus repreendeu por não ter frutos.
“Eu sempre fui à igreja e, ao longo da minha vida, ocupei muitos cargos nela, mas isso nunca me levou a ter uma intimidade sincera com Deus”, contou.
“Olhando hoje, eu era como aquela figueira que a Bíblia diz que, fora do tempo, ela estava cheia de folhas, ao ponto de chamar a atenção de todos, mas na realidade, nada daquilo tinha serventia, pois era só aparência”, comparou.
Usando seu próprio exemplo, ela disse que “às vezes nos parecemos cristãos, nos vestimos de cristãos, mas não temos nada a oferecer de Cristo, não damos frutos”.
Descobrindo o câncer
Ela conta que uma amiga e irmã em Cristo, que passou a ser sua líder de Intercessão, insistentemente a convidava para fazer parte daquele ministério. “Mas eu sempre me esquivava, e ela sempre insistindo”.
Eliane contou que um dia resolveu ir a uma das reuniões e depois não parou mais de frequentar. “O Senhor foi me conquistando, falando comigo, começou a me usar e eu posso dizer, com muita certeza, que Deus estava me preparando para passar por tudo o que eu passei”.
“Minha vida com Deus mudou, ‘perdi as folhas’ e comecei a produzir frutos, tendo uma intimidade maior com Deus. Eu sempre tive uma vida bastante feliz, tranquila, uma família linda, situação econômica estável, um emprego que eu amava, minha oração, então, era só de gratidão”, lembrou.
“Mas eu sempre pedia a Deus que Ele me guardasse numa prova, que Ele me fortalecesse e não permitisse que eu fosse ‘reprovada’. Eu sempre pensei que servir a Deus naquelas circunstâncias era muito fácil, eu pensava que era preciso guardar reservas de fé para um dia de prova. E esse dia chegou!”, contou.
Eliane disse que o laboratório havia pedido a ela para refazer a mamografia. “Minha filha foi convocada para fazer matrícula na faculdade de medicina em São Bernardo do Campo; era a realização de um sonho dela, e eu entendi que isso era Deus me dando um refrigério naquele momento de angústia”.
“Receber a notícia de um câncer não é uma coisa fácil, de repente alguém te tira o chão e você perde completamente o rumo das coisas”, contou. “Tudo muda de uma hora para outra. Um vai e vem em médicos, um sem-fim de exames e você ali meio que fora do ar”.
‘Deus falou comigo’
Nisso, ela conta que em uma madrugada, entre tantas de muito choro contido, Deus falou fortemente ao seu coração: “A hora da prova!”.
“Eu sempre ouvia um louvor que me emocionava e eu nem sabia o porquê daquele louvor ser tão forte pra mim”, disse. “Mas daí nessa madrugada, junto com aquele pensamento, comecei ouvir em minha mente: ‘Questiona ou adora?’”.
Eliane disse que passou a sentir uma paz enorme e que aquela foi a última madrugada em que sentiu medo e chorou por sua situação.
“Eu resolvi adorar! Aleluia! E me empenhar ao máximo para ser aprovada por Deus”, disse.
“Minha primeira decisão foi falar com Deus seriamente e dizer a Ele: Deus, este é o meu momento de prova, sei que ela vai ser difícil, mas se o Senhor estiver comigo, eu estou tranquila e vou passar por ele te louvando e testemunhando o teu nome”.
“E eu posso dizer hoje, com muita segurança, que o Senhor fez comigo os ultrassons, tomografias, ressonâncias, em todo o tempo eu podia sentir a presença de Deus ao meu lado a me acalmar”, testemunhou.
Apoio da família e da Igreja
“Deus me agraciava de muitas maneiras, com um marido extremamente companheiro, que nunca me deixou ir a um exame ou consulta sozinha, filhos amorosos, minha família (irmãos, sobrinhos, meu cunhado) muito presente, cuidando de todos os detalhes, amigos amorosos e preciso fazer uma menção a minha cunhada Ana Claudia que desde o primeiro momento me acompanhou”, relatou.
Eliane disse também que “o apoio da minha igreja e do meu pastor, me faziam acreditar no quanto Deus é bom e tem cuidado de mim”.
“Eu fui sempre privilegiada com os cuidados de Deus. Fiz minha cirurgia em Araçatuba com um médico particular, e mais uma vez o Senhor colocou suas mãos e fui encaixada para fazer o tratamento no Hospital do Amor, em Jales, onde fiz todo tratamento de químio e radioterapia e onde sou acompanhada até hoje”.
Eliane contou que mesmo quando sua aparência ficou mudada, por ter retirado a mama e por ter ficado sem cabelos, “o Senhor me dava graça e, ao olhar no espelho, eu pensava que o Espírito Santo refletia aquilo que Ele gostaria que eu visse e, então, eu me achava bonita e ainda encontrava motivos pra sorrir”.
Exército de valentes
“O tratamento do câncer é um processo longo, às vezes difícil, mas a boa notícia, é que passa! E quando colocamos nossa confiança em Deus, vivemos aquele versículo: ‘A alegria do Senhor é a nossa força’, e você se sente imbatível”.
Eliane disse que toda a sua tranquilidade estava em saber que tinha “um Exército de Valentes de Deus intercedendo por mim e toda minha segurança vinha de saber que eu também fazia parte dele”.
Por seu testemunho Eliane reanima as mulheres que passam pelo processo do câncer: “O que eu gostaria de dizer para você que passa por essa ou outra prova qualquer é: Não desanime, não se desespere, o nosso Deus nunca nos deixa sozinhos. Deus é bom, o tempo todo Deus é bom. Eu creio nisso!”.