A voluntária Ingrid foi questionada durante uma hora e meia
Apesar da pressão, a Igreja Perseguida persiste em Cuba (foto representativa) |
Hoje, em que a Revolução Cubana completa 65 anos, conheça a história de Ingrid*, uma voluntária da Portas Abertas que foi interrogada e acusada pelo governo cubano de apoiar terroristas. Mesmo em meio à perseguição intensa, Ingrid não deixou de orar e na intercessão encontrou forças para resistir.
Ingrid estava de repouso, na cama, por causa de uma gripe forte quando o telefone tocou em meados de junho de 2023. Era a polícia cubana que pediu que a jovem, pela primeira vez, fosse ao escritório do governo no dia seguinte. Quando chegou ao escritório, uma mulher e um homem estavam esperando por ela e a conduziram a uma sala completamente fechada, sem janelas, para começar o interrogatório.
“Você sabe por que está aqui, não sabe? Você deveria saber”, eles disseram. Os oficiais mostraram duas fotos para ela. Na primeira, Ingrid estava sozinha e na segunda estava com Josué*, um pastor e parceiro da Portas Abertas que viajou para Cuba em 2022 para visitar e encorajar cristãos perseguidos. Ingrid o conheceu nessa visita, por meio de um parceiro local da Portas Abertas.
Pressão intensa
Desde então, ela se tornou uma voluntária da Portas Abertas e faz relatório de todas as atividades de campo em Cuba. Josué também foi investigado há um ano sob acusação de participar de “organizações terroristas”, mas, depois de uma hora de interrogatório e muitas tentativas fracassadas de forçá-lo a aceitar as acusações, ele foi liberado.
Já para Ingrid, o interrogatório durou uma hora e meia, sem contar os intervalos durante os quais os policiais saíam temporariamente da sala. Ela foi questionada se conhecia Josué e confirmou que sabia que ele era um pastor que tinha viajado a turismo para Cuba e que visitou alguns pastores enquanto esteve no país.
Os oficiais ficaram frustrados com a resposta e se tornaram agressivos. Eles chamaram Ingrid de mentirosa e ameaçou punir a cristã com uma sentença de 15 a 25 anos de prisão caso ela não dissesse a verdade pelo crime de lesa-pátria.
“Os policiais disseram que Josué estava fingindo ser um pastor, mas, na verdade, era parte de uma organização terrorista que quer desestabilizar a segurança do país e que eu o estava acobertando”, disse Ingrid. Apesar de negar as acusações, os policiais continuaram a atacar e pressionar a jovem a reconhecer as denúncias.
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*Nomes alterados por segurança.