O pastor Joel Engel lembra que, ao longo da história, “as nações que se levantaram contra Israel foram julgadas, condenadas e amaldiçoadas”.
(Foto: Ministério Engel) |
Em meio à crise diplomática entre Brasil e Israel, o pastor Joel Engel avalia que não há apenas um impasse político envolvendo as duas nações — mas sim uma batalha espiritual.
“Essa é uma grande batalha espiritual. Estamos no período de maior batalha espiritual que a nossa nação já passou e nós vamos precisar saber como agir nesse momento”, disse ele em mensagem transmitida ao vivo na terça-feira (20).
Engel lembra que, segundo o relato bíblico, a história de Israel começa com a chamada de Deus a Abraão. Deus promete a terra de Canaã aos descendentes de Abraão como possessão perpétua (Gênesis 17:8) e determina que faria dele uma grande nação, abençoando aqueles que o abençoassem e amaldiçoando aqueles que o amaldiçoassem. A história de Abraão e suas promessas divinas estabelecem a base teológica e espiritual para a formação de Israel como povo escolhido por Deus.
“Abençoar Israel traz bênção, amaldiçoar Israel traz maldição, e nações inteiras foram exterminadas por causa disso”, observou o pastor.
Engel explorou o tema após o presidente Lula comparar a resposta de Israel aos ataques terroristas do Hamas ao Holocausto, chefiado por Adolf Hitler. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula.
Sobre isso, o pastor comenta: “A declaração do presidente traz um peso espiritual não só para ele, mas para toda a nação. Por isso nós precisamos hoje nos posicionar, buscar a Deus e pedir que essa sentença que Deus deu a Abraão não recaia sobre a nossa nação e nossos filhos.”
Legado abraâmico e guerra espiritual
O chamado de Deus a Abraão, que significa “pai de muitas nações”, é central para as religiões monoteístas. “De Abraão vieram os patriarcas, os reis e os profetas de Israel. Abraão também é pai de todas as religiões monoteístas, ou seja, que creem em um só Deus — o judaísmo, islamismo e cristianismo”, afirma Engel.
O pastor lembra que, ao longo da história, “as nações que se levantaram contra Israel foram julgadas, condenadas e amaldiçoadas”. Foi o caso de grandes impérios como o Egito Antigo, o Império Assírio, o Império Babilônico, o Império Persa e o Império Romano.
Engel diz que quando as autoridades de uma nação se opõem a Israel, a guerra vai além do campo político.
“Essa guerra não é só política ou ideológica, mas espiritual. O líder da nação pode levantar uma guerra contra Deus e levar o povo à miséria. Foi o que aconteceu nos dias de Elias”, observa. “Jezabel estava no domínio da nação e se levantou contra o povo de Deus. Veio então uma seca que durou três anos e meio e acabou afetando milhares e milhares de pessoas.”
E destaca: “Quando uma autoridade se levanta contra Deus, toda a nação paga por aquilo.”
Se posicionando em oração
O que fazer em situações como essa? Para Joel Engel, a resposta está na oração da Igreja.
“A primeira coisa a se fazer nessa situação é buscar a Deus. Elias passou três anos e meio orando, mesmo enquanto não chovia e havia apenas destruição. Enquanto isso, os profetas daquele tempo se calaram, ficaram com medo e foram para as cavernas. Por isso, a palavra que deixo hoje aos profetas brasileiros é: saiam das cavernas! Não sejam prisioneiros do medo.”
E acrescenta: “Como pastores, não podemos nos calar e muito menos temer. Porque quando tememos o inimigo, desonramos a Deus, dizendo que nós preferimos dar mais crédito às forças malignas do que a Ele.”
O pastor ensina que as batalhas espirituais acontecem nas regiões celestiais, onde principados lutam por suas nações. “Existe uma disputa pelo comando das nações. É isso o que estamos vendo hoje: o Brasil está sendo disputado nas regiões celestiais”.
Por fim, ele lembra que a guerra “não é contra pessoas, mas contra espíritos malignos”, assim como foi nos dias de Elias. “A Igreja precisa se unir em oração, não há nenhuma outra saída. Pelas próximas gerações, que possamos nos unir em oração.”
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