O assassinato ocorreu após dois meses da conversão do casal.
Perseguição religiosa em Uganda. (Foto: Ilustrativa/Portas Abertas) |
Um casal ex-muçulmano foi assassinado no leste de Uganda, dois meses após se converterem ao cristianismo.
Twaha Namwoyo, de 38 anos, e a sua esposa de 27 anos, Nadiimu Katooko, foram mortos na aldeia de Bulalaka, distrito de Kibuku e deixaram quatro crianças pequenas.
“Ouvi pessoas falando e conversando em voz alta em árabe e na língua Lugwere, dizendo que Twaha colherá os frutos de deixar o Islã”, disse um vizinho que não quis se identificar ao Morning Star News.
E continuou: “Depois de alguns minutos, ouvi um grito vindo da casa de Twaha”.
Nesse momento, o vizinho, que também é cristão, contou que sua família trancou as portas de casa com medo de que os extremistas fossem até eles.
“Sem saber o nosso destino, ficamos acordados a noite toda com muito medo. Mas graças a Deus os agressores não vieram à nossa casa”, disse ele.
‘Homicídio’
De acordo com o vizinho, a polícia chegou no local e encontrou os corpos com cortes profundos e o de Namwoyo com o pescoço inchado, indicando um possível estrangulamento.
“Seus corpos mutilados foram encontrados do lado de fora e as crianças — de 7, 5, 3 e 2 anos — foram trancadas dentro de casa”, relataram fontes.
“A polícia encontrou várias espadas, facas e um machado no local, provavelmente deixados como um aviso a outros muçulmanos que consideram a conversão ao cristianismo”, acrescentou o vizinho.
As autoridades registaram o caso como homicídio. O vizinho não reconheceu os agressores e disse que poderiam ser residentes locais ou estranhos, pois muitos muçulmanos em Uganda falam árabe.
Conversão
Um amigo do casal, contou que eles aceitaram Jesus no dia 5 de dezembro de 2023, em uma igreja na aldeia de Nampido.
“Depois de visitar e orar com a família de Namwoyo por cerca de seis meses, mais tarde eles receberem Jesus Cristo”, afirmou o amigo.
E continuou: “Continuei a discipulá-los, mas os orientei a permanecerem em segredo sobre a sua fé”.
Segundo o Morning Star News, o ataque foi o mais recente de muitos casos de perseguição aos cristãos documentados em Uganda.