Doug W. Roberts foi diagnosticado com fasciíte necrosante e perdeu a perna esquerda.
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| Doug W. Roberts. (Foto: Reprodução/Instagram/CT Church) |
O pastor Doug W. Roberts se recuperou recentemente de uma bactéria carnívora que levou à amputação de sua perna esquerda.
No dia 31 de maio de 2023, Roberts, sua esposa Janet e seus netos foram a um parque temático nos EUA. Lá, ele se machucou em uma montanha-russa.
Cinco dias depois, o pastor estava em um hospital pois havia contraído fasciíte necrosante, uma bactéria carnívora que pode viver na água ou em superfícies.
Essa infecção evolui rapidamente e destrói tecidos profundos, incluindo musculares. Em muitos casos, a solução é a amputação de membros. Segundo a AG News, um em cada cinco pacientes morrem e aqueles com 65 anos (como o caso do pastor) ou mais, correm maior risco.
No dia seguinte, Roberts sentiu sintomas semelhantes aos da gripe e voltou para casa logo após o culto. Depois, ficou de cama devido a febre e percebeu um hematoma em sua coxa esquerda, onde o cinto de segurança da montanha-russa o tocou. Então, Janet o incentivou a ir ao médico.
Diagnóstico
Roberts foi a uma clínica, mas não disse nada sobre o hematoma. Para ele, parecia não ter relação com o que acreditava ser uma gripe e os médicos o mandaram para casa.
Durante a noite, a febre continuou e o hematoma criou bolhas. Janet insistiu que ele procurasse o médico de família, que o encaminhou imediatamente ao pronto-socorro.
No hospital, o cirurgião ortopédico Nicholas E. Gerken solicitou exames: “Estou vivo hoje porque o Dr. Gerken insistiu que eles fizessem exames de sangue em mim naquele momento”, disse Roberts.
Duas horas depois, Roberts estava na mesa de cirurgia. Os médicos removeram uma grande parte superior da coxa e prescreveram antibióticos para evitar a infecção.
Porém, no dia seguinte, a infecção paralisou seus rins. Então, os médicos o colocaram para fazer diálise. Janet viu que as bolhas haviam se espalhado além dos curativos feitos na cirurgia.
Gerken levou Roberts de volta à cirurgia e disse a Janet: “É a perna ou a vida dele”. Na época, o médico infectologista disse à esposa do pastor que, se ela fosse religiosa, deveria começar a orar.
Apoio da família
Matt Leighty, pastor executivo “Calvary Temple” e genro de Roberts, mobilizou uma reunião de oração pela vida dele. Através dos missionários que a igreja apoia em todo o mundo, a notícia se espalhou e milhares de intercessores clamavam a Deus pela recuperação do pastor.
“Nenhum dos médicos esperava que eu sobrevivesse, mas disseram a Janet que minhas chances eram de cerca de 50/50, apenas para lhe dar alguma esperança”, contou Roberts.
Enquanto estava sedado e entubado, o pastor continuou fazendo diálise. Os médicos disseram a Janet que, se ele sobrevivesse, provavelmente precisaria de diálise para o resto da vida.
De repente, os níveis de impureza no sangue do pastor despencaram e seus rins melhoraram. Após 12 dias, os médicos começaram a acordá-lo lentamente.
Embora Janet estivesse feliz com a melhora do esposo, ela estava preocupada em como contaria a ele que sua perna esquerda havia sido amputada.
Então, dezesseis dias após os primeiros sintomas, a família de Roberts se reuniu em seu quarto de hospital.
“Você esteve muito, muito doente e teve uma infecção terrível na perna esquerda. A única opção que tinham para salvar sua vida era amputar sua perna”, disse Janet.
“Parecia que Deus estava falando diretamente comigo, me dizendo que as próximas palavras que eu proferir precisariam trazer conforto para minha família”, relembrou Roberts.
E respondeu a esposa: “Bem, isso realmente vai atrapalhar meu jogo de golfe”.
“Acredito absolutamente que Deus milagrosamente me deu a capacidade de fazer essa piada”, acrescentou.
Seguindo em frente
Seu amigo Mike Hammonds, pastor da Primeira Igreja de Angleton, no Texas, observou os obstáculos diários que Roberts enfrenta e relatou:
“Ele não está se desligando de tudo, fugindo, se escondendo em um armário. Pode haver dificuldades na adaptação, mas ele está lidando com elas de frente”.
Agora, Roberts usa uma cadeira de rodas elétrica, pois uma prótese na perna não seria uma opção já que a amputação foi uma desarticulação total do quadril, o que significa que parte do osso do quadril foi removida, não deixando nenhum coto ao qual ele pudesse colocar a prótese.
O pastor nunca culpou a Deus pelo ocorrido. No dia 26 de outubro, ele retornou à igreja e está aguardando muletas para melhorar sua mobilidade.
“Vivemos em um mundo imperfeito onde coisas malucas acontecem. Há uma razão pela qual Ele me permitiu passar por isso”, concluiu ele.