Após 13 anos de guerra na Síria, igrejas lutam para permanecer: “Faltam obreiros”

Cristãos estão sendo treinados como conselheiros para ajudar os sobreviventes da guerra.

Síria em meio à guerra. (Captura de tela: YouTube/AFP Português)

No dia 15 de março, a guerra na Síria completa exatos 13 anos. Até o momento, mais de 507.000 pessoas morreram.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR, na sigla em inglês), há milhões de feridos e muitos que ficaram incapacitados de forma permanente. 

“Cerca de 13 milhões de outros civis, incluindo centenas de milhares de crianças e mulheres, foram deslocados. Além disso, infra-estruturas, hospitais, escolas e propriedades públicas e privadas foram substancialmente danificadas ou destruídas”, informa o SOHR em seu site. 

Apelamos mais uma vez à comunidade internacional para que trabalhe arduamente para pôr fim ao derramamento de sangue na Síria. O povo sírio tem enfrentado a tirania e a opressão no seu nobre esforço e causa para obter justiça, democracia, liberdade e igualdade”, continua. 

Igreja oferece esperança para recomeçar

A guerra ainda não terminou, mas as pessoas precisam se empenhar no recomeço, mesmo assim. Apesar das explosões e do cenário de destruição, os sobreviventes precisam de esperança para seguir em frente.

Os problemas são muitos: perigo dos bombardeios, grave crise econômica, extrema pobreza, traumas e ainda as consequências do último terremoto. 

Segundo a Portas Abertas, que mantém um trabalho ativo no país em guerra, parceiros locais acolhem os cristãos abalados e organizam treinamento para conselheiros. 

Esse socorro faz parte de um projeto que se chama Centros de Esperança e que atua através de igrejas históricas na Síria. A organização conta que no último treinamento, 30 conselheiros concluíram o curso de capacitação e 36 novos estudantes estão sendo treinados. 

“As lições que eles aprendem ajudam os cristãos perseguidos a enfrentarem as pressões da vida de maneira saudável e a lidar com suas necessidades psicológicas, de modo que possam fazer a diferença e ser instrumentos de cura para as feridas da Síria”, explicou a Portas Abertas.

“A juventude síria precisa de esperança para permanecer no país. A falta de perspectiva leva muitos deles a abandonarem a Síria e começarem uma nova vida no exterior. Isso torna o trabalho das igrejas ainda mais difícil. Faltam obreiros e novos líderes que continuem o trabalho quando a geração atual não tiver mais forças para continuar”, concluiu.

Saiba como ajudar os cristãos perseguidos na Síria, entrando no site da Portas Abertas.

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