Jackie Darby conta que foi deixada para morrer em um depósito de lixo infestado de ratos.
Jackie Darby conta seu testemunho. (Captura de tela/YouTube/CBN News) |
A sul-coreana Jackie Darby é uma mulher que sobreviveu a uma das situações mais repugnantes, que é o “descarte” de um bebê em lixeira. Ela já foi abandonada e deixada para morrer em um depósito de lixo em Seul, capital da Coreia do Sul.
Hoje casada e mãe, Jackie conta seu testemunho, creditando a Deus seu resgate.
“Os ratos estavam comendo meu… corpinho”, disse Jackie à CBN News. “Mas o Senhor Deus enviou uma enfermeira missionária que me encontrou, me resgatou e me levou para um orfanato local que também era administrado por missionários.”
O resgate milagroso levou Jackie a ser adotada por missionários americanos, que já tinham cinco filhos biológicos, mas que se sentiram chamados por Deus para levá-la para sua casa.
“Depois de lerem um artigo sobre bebês do pós-guerra no jornal local, foi assim que o Senhor tocou seus corações para adoção”, disse Jackie
Jogada no lixo
Ao longo dos anos, Jackie disse que muitas vezes era desconcertante e difícil lembrar como ela foi descartada numa lixeira.
“Foi muito impressionante pensar que foi assim que minha vida começou”, disse ela. “E muitas vezes me perguntei por que – por que fui jogada no lixo?”
Jackie se uniu à colega escritora Aixa de López para escrever “Whose Am I? The Truth About Your Worth and Identity in Christ” (De quem sou eu? A verdade sobre seu valor e identidade em Cristo, em tradução livre).
A obra “compartilha verdadeiras experiências de vida sobre adoção, redenção e como encontrar nossa verdadeira identidade em Cristo, ao mesmo tempo que oferece oportunidades para fazer perguntas e participar de conversas que muitas vezes são difíceis de serem abordadas pelas famílias”.
Compartilhando a história
López disse à CBN News que ela e Jackie se encontraram em uma igreja local. Quando Aixa de López foi finalmente chamada para um orfanato e adoção, ela começou a contar com Jackie para ajudá-la a lidar com a situação.
“[Jackie] e sua filha vinham, levavam as crianças ao McDonald's e depois faziam alguns trabalhos manuais na casa dela”, disse de Aixa.
“E então meus filhos começaram a relaxar perto dela, e especialmente minha pequena [Darly], que aparece no livro, começou a ter conversas mais profundas com Jackie.”
Aquela amizade entre Jackie e Darly cresceu. Jackie compartilhou sua difícil história e Darly, que foi adotada por Aixa de López e seu marido, sentiu-se livre para fazer perguntas.
“Não sabemos muito sobre a história de origem [de Darly], assim como Jackie não sabe quase nada sobre a dela”, disse Aixa.
“E então elas se conectaram nesse ponto delicado. Mas tem sido um bálsamo curativo para minha filha poder ver… essa adulta dando frutos para o Senhor, tendo sua própria família”.
Escrevendo sobre adoção
Com a semelhança de suas histórias, Jackie e Aixa decidiram escrever um livro infantil que ajudaria a abordar algumas dessas mesmas dificuldades, desafios e curiosidades.
Jackie diz que espera que o livro cause um impacto profundo na vida das pessoas.
“Nossa oração – nosso desejo do coração – é que todas as crianças, sejam adotadas, acolhidas, ou crianças que simplesmente queiram entender a adoção, porque convivem com crianças adotadas na escola, ou crianças na escola dominical, nosso desejo do coração é que este livro seja utilizado como uma ferramenta para abrir conversas muito honestas e, às vezes, complicadas para os pais ou adultos poderem conversar com seus filhos sobre a palavra adoção, sobre a beleza da adoção", disse ela.
"Não apenas adoção aqui na Terra, mas também sobre a adoção espiritual deles."