Cristãos são presos após realizarem culto para crianças na China

Os três membros estavam ministrando o culto infantil às crianças da igreja doméstica Fuyang Maizhong quando foram detidos por policiais.

Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Miguel Bautista).

Três cristãos foram presos após realizarem um culto infantil para crianças na China, em janeiro.

Segundo a China Aid, uma organização que apoia a Igreja Perseguida, em uma carta anônima, um cristão local relatou o caso e pediu oração pelas vítimas.

Na manhã do dia 18 de janeiro, Dai Chuanli, Wang Dandan e Ma Jiahui, membros da Igreja Reformada Fuyang Maizhong, ministravam às crianças da congregação, cantando hinos e orando, quando foram surpreendidos por policiais, em Fuyang, na província de Anhui.

Os oficiais da Polícia do Sub-departamento da Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Fuyang deteram os cristãos.

No dia seguinte, as casas dos três membros foram revistadas, e eles receberam uma detenção administrativa de 15 dias.

Os crentes da igreja doméstica têm enfrentado assédio por parte das autoridades locais. Por diversas vezes, o gabinete da gestão comunitária pressionou os proprietários dos locais que a igreja alugava para expulsá-los, os obrigando a mudarem seu local de culto.

Além disso, a polícia já prendeu e multou membros por se reunirem para cultuar e chegou a apreender materiais da igreja, incluindo livros e computadores.

A Igreja Reformada Fuyang Maizhong se tornou uma congregação doméstica após se recusar a aderir à Igreja das Três Autonomias e ser banida pelo governo comunista.

Ditadura chinesa contra a Igreja

A perseguição aos cristãos na China está crescendo em ritmo acelerado. O país lidera o ranking com o maior número de igrejas fechadas, conforme a Lista Mundial da Perseguição 2024, da Portas Abertas. 

A Constituição chinesa funciona como uma “ditadura” que eles chamam de “democrática popular”, mas a democracia realmente não existe. A liderança chinesa é pautada pela paranoia ditatorial e pelos abusos a todos os tipos de liberdade. 

Os regulamentos sobre religião são estritamente aplicados e limitam as igrejas no país, que são totalmente monitoradas pelo governo. 

A maioria delas faz parte do Movimento Patriótico das Três Autonomias, as outras são consideradas ilegais.

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